Japão injeta bilhões para conter tarifas dos EUA e evitar crise industrial; especialista explica

O governo japonês aprovou um pacote de estímulo de 6.3 bilhões de dólares para apoiar totalmente empresas e famílias afetadas pelas tarifas de Donald Trump, segundo anunciou o secretário do gabinete, isso é parte de uma dos planos, né, de ajuda econômica que o Japão está montando para conter os efeitos das tarifas impostas pelo governo do Donald Trump. E a gente vai entender melhor como isso deve funcionar. conversando com o professor, especialista em finanças e escritor José Cobori. Seja muito bem-vindo, José. Boa tarde. Boa tarde, Natália. Boa tarde, Felipe. É um prazer estar aqui com vocês. Prazer o nosso. Professor, começa contando pra gente então trazendo, né, um contexto dos principais pontos desse pacote que tá sendo tão comentado. Na realidade, essa injeção de dinheiro pelo governo japonês na economia eh muito parecido com o que várias outras nações têm feito, né? tem tentado fazer, que é estimular o consumo interno para tentar absolver um pouquinho desse impacto que os países terão com a diminuição da exportação, a já vista guerra tarifária empreendida aí pelos Estados Unidos para tentar diminuir o déficit comercial que a economia americana tem com o resto do mundo, né? Então, na realidade não é uma novidade, né? O Japão já passa por isso e tá estagnada a sua economia desde a década de 90, né? Quando no pós-guerra o Japão cresceu muito, se tornou a maior potência industrial da Ásia, né? antes da ascensão da China. Eh, e o acordo de Plaza em 85, eh, que os Estados Unidos com dólar muito fortalecido nos nos últimos 3 anos, antes de 85, o dólar se fortaleceu quase que 50% frente à moeda dessas economias desenvolvidas, que era o Reino Unido, a Alemanha Ocidental, Japão, eh, e a França, né? E o acorde de plaza, na realidade, fez com que o dólar se desvalorizasse frente a essas moedas. Desde então, o Japão enfrenta uma crise de estagnação e deflação, né? Então, não é uma novidade pro governo japonês. Todos os esforços empreendidos pela economia japonesa não deram certo até hoje, né? O Japão ainda passa por isso e agravado aí eh por uma crise demográfica, né? A população do Japão tem envelhecido rapidamente, tem quase 30% da população, é acima de 65 anos, né? os jovens eh uma e aí muito da tradição japonesa trabalham muito, não querem ter filhos, né? Eh, os idosos poupam muito mais justamente pela aposentadoria e o mercado consumidor no Japão não decola. Então isso não tem como estimular esse mercado. E esse pacote que o governo japonês tá tá implementando é mais é uma medida paliativa até que as economias consigam se estabilizar, a já vista essa instabilidade criada pelos Estados Unidos, né, que agora, inclusive com essa decisão da da justiça americana, né, fazendo com que o Donald Trump, o poder executivo recorra ao Congresso para poder aprovar essas tarifas, ainda gera aí agora mais um período de incerteza em que os governos vão ter que ajudar as suas populações. É, e o Japão muito mais agravado porque tem um salário estagnado há mais de 40 anos. Olha que coisa. Muito obrigada por esse panorama, professor Felipe, sua pergunta. Professor, boa tarde. Eh, professor, no início do ano aí o o Banco Central do Japonês aumentou aí em meio em 0,25% para 0,5%, né, os juros no Japão. Eh, eu sei que parece pouco, né, e é pouco mesmo, mas pra economia japonesa que não mexia nisso há muitos anos, eh, deve ter tido algum impacto. Eu pergunto pro senhor, não seria o o o ideal teria sido o contrário? quer dizer, baixar os juros para tentar estimular um pouco mais essa economia e parecia um pouco contraditória essa decisão. É, o Japão, na realidade, ele enfrenta uma armadilha que a gente chama da armadilha da liquidez. Eu gosto sempre de olhar um pouquinho os eventos históricos, né, que ajuda a entender as dificuldades porque passam as economias. Eh, e como eu disse, depois do acordo de plaza em 85, veio a grande crise imobiliária e do mercado de ações japonês, né, eh, em 1990. Então, eh, o mercado imobiliário perdeu 3 trilhões de dólares na época de valor e a bolsa, o índice mais de 1 trilhão de dólares, né? E desde então o governo japonês vem baixando a taxa de juros e chegou a zero, né? Que a gente chama de armadilha de liquidez. Depois de zero não tem mais o que fazer, você não tem mais para onde baixar. E mesmo assim a economia japonesa não foi estimulada, porque eu acho que o governo japonês também tomou algumas medidas eh erroneamente, como aumentar o imposto sobre consumo, né? Então, o Japão continua tendo esse problema de estagnação econômica. Eh, ao contrário nosso aqui, eles ficam tentando estimular algum tipo de inflação, né, para gerar atividade econômica. Eh, e agora esse pequeno aumento de 0,25% também não deve ter muito efeito eh dentro da economia eh japonesa. Ele não não tem como baixar, ele teve que aumentar. Só que o Japão também tá numa armadilha da crise da dívida, né? O Japão é o país proporcionalmente ao PIB que tem o maior endividamento eh de todas as nações desenvolvidas. Então, o Japão tem um problema aí eh de administrar essa dívida, né? e o próprio Banco Central Japonês tem mais de 50% da dívida, ou seja, é o próprio Banco Central emitindo moeda para financiar o governo japonês. Eh, então eu acho que o tudo que o Japão faça agora na margem não tem muito efeito na economia, mas eu acho que ele tem esse medo porque lá na crise imobiliária de 1990, como eu citei, ele aumentou muito a taxa de juros, o que acabou gerando uma outra crise eh na economia japonesa. Então, e esse pequeno aumento na margem não tem muito efeito, porque o Japão também vem controlando a curva futura de juros, que a gente chama de flat. É um dos únicos bancos centrais, talvez por isso ele tenha, ele detenha tanto título da dívida do governo do estado japonês, porque ele compra os títulos de longo prazo para tentar baixar essa essa curva de juro, que a gente chama de deixar um pouquinho mais flat, né? Eh, as taxas de juros de longo prazo serem baixas também para que as empresas sejam estimuladas a investir, fazer investimentos produtivos. Eh, mas também não tem gerado muito efeito. Então, acho que o Japão tá numa armadilha há mais de 40 anos e foi agravada agora com com o maior parceiro comercial do do Japão, que é os Estados Unidos, empreendendo essa guerra tarifá, né? E, professor José Cobori, eh, quero aproveitar todo o seu conhecimento aqui para ajudar a gente a a entender mais profundamente. Quando a gente fala da economia do Brasil, falamos sempre do peso do setor de serviços, por exemplo, né? E a economia japonesa, como que é essa essa divisão e o peso de cada setor? serviços, indústria, especialmente setor automotivo. E as tarifas de Donald Trump estão faladas, onde que elas pegam mais? Eh, o no setor industrial, o setor automotivo do do Japão tá sofrendo um impacto muito gigantesco, né? A Toyota chegou a ser a maior montadora de automóveis do mundo, inclusive dentro dos Estados Unidos, né? A maior fábrica de automóveis durante muito, muito tempo dentro do do em solo americano era a Toyota, né? que passou a ser a maior montadora de automóveis do mundo, eh, naquela fase de de amplo crescimento da economia japonesa em que havia até uma desconfiança que o Japão seria maior que os Estados Unidos, né? Foi foi justamente por isso que o Estados Unidos fez o famoso acordo de plaza, porque ele seria realmente ultrapassado eh pela economia japonesa, mas a economia japonesa é uma potência industrial. Eh, não é, não tem essa essa diferença que tem a desindustrialização americana, inclusive a brasileira, né, onde o setor de serviço representa a maior parte da economia. No Japão, eh, o setor industrial ainda é relevante dentro da base econômica japonesa. E justamente por isso o Japão sofre mais, né? porque a guerra tarifária tá impactando diretamente eh o setor industrial e o e e isso levou o Japão, inclusive a fazer conversas, né, com a Coreia do Sul e a China, que são rivais históricos, né, eh, asiáticos ali, infelizmente, né, existia sempre essa rivalidade, eh, até como descendente japonês, fazendo minha culpa pelo pelo império japonês no passado, né, ter tentado invadir a China e a Coreia. Eh, mas você ver essa guerra que os Estados Unidos empreendeu fez com que rivais históricos sentassem para conversar, porque o Japão precisa tentar se desacoplar da da economia americana, eh, porque desde o pós-guerra o Japão simplesmente virou uma espécie de colônia dos Estados Unidos, né? Então, o Japão ele precisa se livrar eh dessa dependência quase que total da economia americana. E eu acho que o Japão tem feito movimentos nesse sentido, né? E talvez esse pacote agora de estímulo é muito mais paliativo para tentar absorver um pouquinho do impacto na população que depende desse salário que já está estagnado há muito tempo. Perfeito. Felipe, mais uma pergunta sua, professor. Recentemente presidente Lula esteve no Japão, né? Foi até recebido com muitas honras ali pelo imperador e tudo mais. Eh, como é que estão as relações Brasil e Japão? Podemos ver ali uma um estreitamento das relações econômicas? Isso pode ajudar um pouquinho os dois países, a economia dos dois países de certa forma? É, eu acho que um um lado positivo da da dessa arrogância americana, né, empreendida aí pela por essa por esses movimentos que o Donald Trump tem feito, foi aproximar os países, né? Os países estão se aproximando muito mais e para tentar se desvencilhar dessa dependência americana. Eh, o Japão sempre teve uma boa relação com o Brasil, né? O, eu brincar como descendente japonês, o a maior cidade japonesa depois de Tóquio é São Paulo, né? Então, São Paulo tem milhões e milhões de descendentes eh japoneses que vieram no início do século XX. Então, essa relação de amizade entre Brasão, Brasil e Japão, ela é antiga. E essa viagem do presidente do Lula, do Lula foi muito positiva, né? Fizeram vários acordos, é, que vai beneficiar o nosso agronegócio, eh, inclusive vários acordos com a MBLA. Então, junto com a nossa indústria, que infelizmente é pequena a nossa indústria, mas a nossa indústria de ponta que tá na fronteira tecnológica, tem feito bons acordos e fez bons acordos no Japão na viagem do Lula e também fez agora na China. Então essa relação de amizade Brasil e Japão tende a se fortalecer eh com esse movimento da guerra comercial global que foi desencadeada pelos Estados Unidos. E professor, bom, a gente tá num momento aí de uma de uma suspensão dessas tarifas, né? Isso teve um impacto ou esse clima de incerteza permanece e o mercado ainda sente? Eu acho que na realidade gera eh mais um um motivo de incerteza, né? Eh, me parecia que os Estados Unidos eh daqui 90 dias, que é o prazo que o Donald Trump deu, ele novamente teria que fazer algum tipo de recu. Mas agora pressionado pela própria democício até comentei que quem poderia parar o Donald Trump era a própria democracia americana, né, o próprio povo americano. E a justiça tomou essa primeira decisão, né, a Corte de Comércio Internacional, suspendendo as as tarifas aí que o Donald Trump, mas não foi uma não foi uma espécie de suspensão, foi uma espécie, você não pode fazer isso, você precisa consultar o Congresso americano, né? Eh, então eu acho que tende a estabilizar quando o Congresso realmente se posicionar se ele é a favor ou contra. Eh, o problema não é nem ele ele criar as tarifas, o problema é a incerteza que ele gera se a gente não sabe se ele vai voltar atrás, quando ele vai voltar atrás, porque ele vai voltar atrás. E aí a economia como todas, as empresas, as pessoas não conseguem se posicionar, não conseguem avaliar os riscos, fazer as contas, né? Eh, e aí as as economias simplesmente param, né? As empresas não investem, eh, quem tem dinheiro para consumir não consome também nessa incerteza, eh, todo mundo esperando estabilizar o cenário para ir tomar qualquer tipo de decisão econômica. Exatamente. Você é que vai estabilizar, né? Professor José Cobori, professor especialista em finanças, também escritor. Muito obrigada, viu, pela participação com a gente ao vivo aqui no Money Times. Volto sempre. Eu que agradeço, Natália Felipe. Um abraço para vocês e bom programa. Obrigada. Boa tarde,

O Japão aprovou um pacote de estímulo de US$ 6,3 bilhões para proteger famílias e empresas dos impactos da guerra tarifária com os EUA. O professor e especialista em finanças José Kobori explica como esse apoio tenta frear décadas de estagnação e fortalecer a indústria nacional frente à pressão econômica global.

🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!

Siga o Times Brasil nas redes sociais: @otimesbrasil

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasil

30 Comments

  1. Parabens para o chefe de estado do japao pelo projeto para melhorar a economia do japao o parasita dos estados unidos so sabe taxar os produtos tomara que o estado unidos fica isolado no mundo sozinho com suas taxas que eles cobram

  2. Fico muito triste o Kobori “ desinformar “ como os outros economistas . Não sei se não estuda a fundo ou só repete o que o Bloomberg ou jornal fala.
    A realidade sobre a dívida e. Outra. O governo japonês e dono de 55% do banco central , isto e ele deve para ele mesmo , alem do mais tem muita renda e Ben’s que cobrem a dívida . Na verdade a dívida do governo é dinheiro no bolso do povo . Precisa entender que a economia do governo não tem nada a ver com a de empresa nem de pessoal física ..
    E o povo não entendem isso , e nem os economistas sabem explicar essa diferença.
    Porque então a economia do Japão não cresceu nesses últimos 30 anos ? O governo fez uma política contecionista , sempre tentando aumentar o imposto ao invés de injetar dinheiro no mercado . Qual empresário investe se a economia interna ( quase 70% do PIB) está ruim e povo não gasta ? Vai tudo para imposto e gastança absurdo na área médica ( o Japão é o país que mais gasta em saúde … na verdade Torram sem controle ) . Assim não sobra dinheiro para nada, além de medidas e leis absurdas que entregaram tudo de bandeja para países vizinhos e EUA..

  3. O Japão ainda tem sorte que muitos estrangeiros tem filhos aqui, senão a taxa de natalidade seria mais baixa ainda! É assustador ver como tem poucas crianças nascendo.

  4. Japão e China não são amigos, pq , né ? O JP sou altamente imperador e cru&l (nível absurdo) … porém a China sabe jogar , e não quer vingança , isso passa credibilidade

  5. Engraçado esse pseudo economista fez severas críticas ao Trump pela nova política tarifaria dos EUA dizendo que seria um tiro no pé deles kkkk veja pois kkk Kobori, faz um favor para nós brasileiros, volta pro Japão kkkk

  6. Jovem trabalham muito e não querem ter filho “
    Não somente isso, aqui eles valorizam tanto o dinheiro que vem que filho é complicado ter, devido ser uma despesa ao olhar deles.

    Esse é o fator que ouvir de muitos jovens japoneses em fábrica .
    Tudo está cada vez mais caro, e as empresas não são muito afetiva quando o funcionário tem filho e pedi pra faltar ou falta as vezes como emergência .

  7. Na América, o que manda é o dólar. Nos outros países, o que manda são os políticos.

    "arrogância americana" rsrs

    Análise Comparativa
    .
    Califórnia sozinha seria a 4ª maior economia do mundo, ultrapassando Japão se crescer um pouco mais.

    Texas teria um PIB maior que Itália e próximo do Reino Unido.

    Nova York tem PIB semelhante ao do Canadá e maior que o do Brasil.

    Os 3 maiores estados dos EUA juntos somam cerca de 9,1 trilhões de dólares, o que é mais do que o PIB de qualquer país fora EUA e China.
    A economia dos Estados Unidos é considerada mais eficiente que a maioria das outras economias por uma combinação de fatores estruturais.

    1. Alta Produtividade
    Os EUA têm uma das maiores produtividades por trabalhador do mundo.
    Forte automação, uso de tecnologia de ponta e capital humano bem treinado.
    Empresas são incentivadas a investir em inovação e eficiência.

    2. Ambiente de Negócios Favorável
    Baixa burocracia para abrir empresas.
    Leis de falência eficientes, que permitem que empresas se reorganizem rapidamente.
    Sistema tributário complexo, mas ainda competitivo para multinacionais com boa estrutura.

    3. Inovação e Tecnologia
    Abriga as maiores empresas de tecnologia do mundo (Google, Apple, Microsoft).
    Investimento massivo em P&D (pesquisa e desenvolvimento).
    Fortes universidades e centros de pesquisa (MIT, Stanford, Harvard).

    4. Instituições Sólidas e Estado de Direito
    Sistema jurídico estável e previsível.
    Fortes garantias de direitos de propriedade intelectual.
    Confiança nos contratos e cumprimento das leis.

    5. Mercado Interno Gigante e Diversificado
    Mais de 330 milhões de consumidores, com alto poder de compra.
    Forte demanda interna sustenta crescimento mesmo em crises externas.
    Diversidade regional: agricultura no Centro-Oeste, tecnologia na Costa Oeste, finanças em Nova York etc.

    6. Sistema Financeiro Robusto
    Wall Street é o maior centro financeiro do mundo.
    Mercado de capitais profundo e líquido facilita acesso a crédito para empresas.
    O dólar é a moeda de reserva mundial, o que atrai investimentos globais.

    7. Infraestrutura e Logística
    Extensa malha de transporte e cadeias de suprimentos eficientes.
    Portos, ferrovias e estradas bem integrados ao comércio nacional e internacional.

    8. Imigração e Talento Global
    Atrai profissionais qualificados de todo o mundo.
    Talentos estrangeiros impulsionam áreas como tecnologia, medicina, ciência e finanças.

    9. Cultura Empreendedora
    Incentivo ao risco, ao crescimento rápido e à meritocracia.
    Mentalidade de "fail fast, learn fast": o fracasso é visto como parte do processo de inovação.

    10. Escala e Influência Global
    Forte presença internacional em comércio, diplomacia, defesa e cultura.
    Empresas americanas operam em todos os continentes, gerando lucros e influência global.

  8. Sou japonês e residente no Japão. Um fator gravíssimo que quase ninguém tem comentado: muitos jovens recém-formados estão saindo do Japão em busca de melhores condições de trabalho e qualidade de vida, principalmente pra Austrália. O país está numa situação preocupante. A disparidade com outros países em termos de salário e a inexistência de férias deixam as pessoas doentes e os jovens já sacaram esse problema.