Trump impõe tarifas de 25% ao Japão e à Coreia do Sul – mercados e aliados reagem com força

[Música] E se o maior conflito comercial da década não estivesse sendo travado entre rivais distantes, mas sim entre dois aliados históricos, vizinhos de fronteira, parceiros de guerra e cúmplices econômicos há gerações. Foi numa tarde de sexta-feira, dessas que parecem previsíveis no coração de Ottawa, que o Canadá virou uma página da sua história. Enquanto jornalistas esperavam uma coletiva morna sobre transição energética, a verdadeira tempestade se armava a portas fechadas no edifício de vidro espelhado que abriga o gabinete do primeiro-ministro. Lá dentro, Mark Carney, ex-presidente do Banco da Inglaterra, economista metódico, homem de planilhas e calculados, tomava uma decisão que abalaria os alicerces do comércio norte-americano. Autorizar um contra-ataque comercial sem precedentes contra os Estados Unidos. Não foi um blefe. Em poucas horas, veículos como Bloomberg e Reuters já confirmavam o plano. Uma tarifa de 50% sobre 22 bilhões de dólares em metais importados dos Estados Unidos. Aço, alumínio, bobinas, ligas especiais, insumos que formam a espinha dorsal da indústria moderna. Mas por que agora? Por que tão alto? E por que Carney? Essa história não é apenas sobre porcentagens, mercados e acordos. é sobre algo mais profundo, a tensão latente entre soberania e submissão, entre estabilidade e provocação. É a crônica de um país que cansou de ser paciente e decidiu reagir. Desde março, os Estados Unidos vinham atacando sob a justificativa vaga e flexível da segurança nacional protegida pela controversa sessão 232 da legislação americana, Donald Trump impôs uma tarifa de 50% sobre o aço e alumínio canadenses. A desculpa impedir que a China usasse o Canadá como atalho para despejar seu aço barato no mercado americano. Mas os dados diziam outra coisa. A cadeia de suprimento canadense era uma das mais rastreáveis e limpas do mundo, movida por energia hidroelétrica, com certificações rigorosas e contratos duradouros com parceiros americanos. Mas a verdade nunca foi o foco. O jogo era outro: o protecionismo como arma política, a guerra tarifária como espetáculo eleitoral. E foi aí que Carne decidiu quebrar o roteiro. No seu gabinete, ele mandou reunir um exército. Economistas, metalurgistas, estatísticos, advogados da OMC, especialistas em carbono e engenheiros industriais. Em 48 horas, os dados começaram a emergir como peças de um quebra-cabeça revelador. Documentos internos mostravam que a tarifa americana encareceria o aço canadense em 38 por tonelada em relação ao preço futuro em Chicago. Já havia sinais de pressão. Construtoras de óleodutos em Alberta cancelavam pedidos. Fábricas de chassis em Ontário suspendiam turnos. Enlatadoras em British Columbia pediam socorro ao Banco de Montreal. Microcrises pipocavam em cada canto da economia real. E com elas, uma pergunta começou a ecoar. Até quando o Canadá aceitaria ser tratado como uma ameaça pelo país que chama de aliado? Mark Carney não queria apenas rebater, queria virar o jogo. Era uma mensagem embutida em cada porcentagem da nova tarifa, uma espécie de basta implacável. O plano não era só econômico, era estratégico, diplomático e climático. Um movimento de três frentes. Primeiro, ferir o bolso. Simulações do Ministério da Fazenda indicavam que o impacto sobre os Estados Unidos seria direto nas margens de lucro, não nos consumidores canadenses. Em média, um SUV produzido em Detroit com aço canadense ficaria 850 mais caro para ser vendido no Canadá. E os fabricantes não repassariam isso para o preço final. Seriam eles que absorveriam a pancada. Segundo, desmascarar a segurança nacional. O Canadá começou a reunir documentos de rastreabilidade nunca vistos. Análise de isótopos de carbono, certificados de fundição, origem do sucateamento, composição química, tudo para mostrar que o aço canadense era sim norte-americano e não uma ponte para o aço chinês. Terceiro, investir no futuro. Enquanto aumentava tarifas, Carney anunciava um pacote de transição verde, bilhões de dólares, para modernizar fornos elétricos, fundições de alumínio com anodo inerte e linhas piloto com tecnologia de hidrogênio. Se os americanos queriam guerra, o Canadá responderia investindo em algo que os Estados Unidos estavam deixando para trás. Inovação de baixo carbono. Mas por que uma tarifa tão agressiva? Por que 50%? Essa escolha, segundo fontes do Ministério da Fazenda, veio de um experimento, um choque de simulação. Se os preços do aço americano subissem com a tarifa canadense, o impacto em modelos de carros fabricados nos Estados Unidos seria significativo. E mais, os consumidores canadenses, que compram boa parte desses veículos continuariam comprando, mas os lucros evaporariam para os fabricantes. Era uma resposta não com palavras, mas com números. E os números, nesse caso, doíam mais que insultos. Mas Carne sabia que isso não seria isento de riscos. Ao bater de frente com Trump, ele poderia abalar décadas de parceria econômica. O Beaver Economy estava em cheque. A oposição conservadora gritou: “Responder protecionismo com protecionismo é um erro”. Mas os números das pesquisas diziam o contrário. Mais de 60% dos canadenses apoiavam a retalhação. E em Ontário, o coração industrial do país, esse número saltava para 68%. O povo queria reação, queria firmeza, queria dignidade e Carney entregou exatamente isso. Quando Donald Trump aplicou tarifas de 50% sobre o aço e o alumínio canadenses, o argumento parecia patriótico. Segurança nacional, disseram. Era preciso proteger a indústria americana contra a entrada disfarçada de aço chinês via Canadá. Um raciocínio simples, direto e palatável para o eleitorado de Ohio, Michigan e Pennsylvânia. Mas havia um problema. Ele não era verdadeiro. O Canadá não é um entreposto chinês, nunca foi. E agora Mark Carney está disposto a provar isso com a força dos números e com os dados. Nos dias que se seguiram ao anúncio das tarifas americanas, a máquina estatal canadense entrou em operação total e não com tanques ou discursos inflamados, mas com arquivos de Excel, planilhas fiscais e documentos técnicos. Um por um, certificados de origem foram levantados, fornos foram rastreados. Químicos de laboratório analisaram amostras de metal para identificar a composição isotópica de cada lingote. Uma obsessão quase científica que se transformou em munição. Era como se Carney dissesse: “Quer falar de segurança nacional?” Então vamos falar com precisão milimétrica. Imagine um cenário comum. Uma família de Toronto decide trocar o carro antigo por uma SUV nova. Eles pesquisam, fazem contas, escolhem um modelo americano, talvez uma Ford Escape ou um Chevrolet Equinox feitos com chapas de aço da região dos grandes lagos. O que eles não sabem é que com a tarifa de 50%, aquele carro que antes custava 34.000, 000, agora está 850 mais caro. E não por causa da inflação, não por causa do dólar, mas porque uma guerra de bastidores decidiu que aquele aço precisava ser punido, mesmo sendo, na verdade, parte de uma cadeia produtiva norte-americana legítima. E o mais absurdo, a tarifa de Trump não está protegendo empregos americanos, está corroendo a margem de lucro das próprias montadoras dos Estados Unidos que agora enfrentam um dilema: absorver os custos ou perder competitividade. Em relatórios internos vazados, Ford e GM calcularam que por modelo o impacto pode ser de até 320 de prejuízo. E em uma produção em massa, isso significa dezenas de milhões em perdas. Carney sabia disso e foi aí que sua resposta começou a ganhar contornos estratégicos. Se a retórica americana se baseava no medo, o Canadá pode ser a porta de entrada do inimigo, a retórica canadense baseava na razão. Dados públicos, testes laboratoriais, rastreabilidade, documentação técnica, nenhum discurso inflamado, apenas fatos. E isso doeu ainda mais, porque quando se desmonta uma mentira com precisão, o estrago é maior. Carney estava revelando que a tarifa americana não era só injusta, ela era incoerente, contraproducente, um tiro no pé que poderia custar caro, exatamente nos estados que Trump dizia proteger. Mas Carney não parou por aí. Ele sabia que a batalha pela narrativa precisava ir além das planilhas, precisava alcançar o cotidiano das pessoas. Então o governo canadense começou a fazer exatamente isso, traduzir a crise em exemplos que todos entendessem. Uma pequena cervejaria artesanal em Vancouver, que já operava no limite, viu o preço de suas latas subir 5 centavos por unidade. Pode parecer pouco, mas para um produtor independente, essa diferença representa a margem entre manter um produto nas prateleiras ou ser substituído por uma marca maior. Em pouco tempo, dezenas de produtores começaram a relatar quedas nas vendas. E Carney aproveitou para mostrar que o protecionismo americano, travestido de patriotismo, estava matando a diversidade empresarial dos dois lados da fronteira. Enquanto isso, em Alberta, a construção de um óleoduto essencial foi paralisada. Os fornecedores de aço, diante dos custos exorbitantes, suspenderam os contratos. Trabalhadores foram dispensados e o governo federal teve que acelerar linhas de crédito emergenciais com o Banco de Montreal para evitar um colapso logístico. E a pergunta passou a ecoar. Se a segurança nacional americana precisa punir o Canadá, então de que lado os Estados Unidos acham que o Canadá está? Carnei não apenas questionou, ele escancarou a contradição com todas as letras. Não existe segurança nacional quando se ataca o próprio aliado”, disse ele em uma entrevista coletiva interrompida por aplausos discretos dos técnicos presentes. A única segurança que essas tarifas geram é a segurança de que os lucros das corporações vão derreter. No fundo, o que estava sendo testado não era o comércio de aço, era a própria ideia de aliança, de confiança entre países que compartilham fronteiras, cultura e sistemas econômicos interligados. E há algo simbólico no fato de que para rebater o protecionismo, o Canadá não respondeu com gritos, respondeu com medições de carbono. Carney determinou que todos os carregamentos de aço exportados deveriam conter dados sobre sua pegada ambiental. Uma provocação, sim, mas também uma forma de virar o jogo. Afinal, o aço canadense é um dos menos poluentes do mundo, movido à energia renovável. o americano alimentado por carvão em boa parte dos estados. Em outras palavras, se o argumento for segurança, então vamos falar de segurança climática. E foi aí que a narrativa mudou de patamar. Não era mais apenas uma disputa comercial, era um confronto ideológico. O Canadá, ao invés de se encolher diante do bullying econômico, decidiu elevar o nível da conversa. Respondeu com inteligência, com sofisticação, com estratégia. Mas será que isso será suficiente? Porque do outro lado, Trump é conhecido por ceder. Em pleno ano eleitoral, ele precisa mostrar força, precisa alimentar sua base com a imagem de um líder que não recua. E para isso pode empurrar ainda mais longe essa espiral de tarifas, criando um ciclo de retaliações que ninguém controla. A história já mostrou que guerras econômicas não têm fim previsível e que muitas vezes os inocentes pagam primeiro. No fim de junho, um documento vazado para a imprensa surpreendeu até os analistas mais atentos de Wall Street. Não era uma medida de emergência, nem um socorro de curto prazo. Era um plano de transformação, um esboço audacioso de investimento industrial. Nome do projeto: Green Steel Accord. Valor estimado: 4,8 bilhões de dólares canadenses e mais importante, com garantia de crédito assinada pelo Royal Bank of Canada. Mas o que exatamente é esse acordo e por ele importa tanto? Carney estava dando um passo que poucos líderes teriam coragem de dar no meio de uma guerra tarifária, usar a pancada como impulso. Se as tarifas americanas ameaçavam as exportações de aço e alumínio canadenses, a resposta não seria apenas tributar de volta, seria preparar a indústria nacional para ser melhor, mais limpa e mais eficiente do que qualquer outra no continente. Uma jogada que misturava resiliência econômica com cálculo climático e estratégia de soft power global. E aqui entra o elemento que desarma qualquer acusação americana, sustentabilidade. Carney sabia que o futuro do comércio mundial não seria determinado apenas por preço e volume, mas também por emissões, pegada de carbono, acesso a crédito verde e conformidade com regulações internacionais. E o Canadá, com sua matriz energética limpa e políticas ambientais robustas, tinha uma vantagem poderosa. Então veio o plano. A fundição da Arcelor Mital Doasco em Hamilton receberia capital para converter seus fornos a carvão em fornos elétricos a arco e a F, eliminando boa parte das emissões diretas. Em Salt Sant Marie, uma planta experimental da Algoma Steel ganharia apoio para testar a tecnologia de hidrogênio com redução direta de ferro. HDRI, uma inovação que se escalada pode redefinir a produção de aço no planeta. E no Quebec, a Rio Tinto Aluet avançaria com o projeto de ano do inerte, eliminando completamente a emissão de CO2 durante o processo de fundição de alumínio. Mas por que investir bilhões agora no meio de uma crise? Porque Carney enxerga algo que muitos ainda ignoram. A tarifa americana é uma parede e paredes, por mais altas que sejam, não duram para sempre. A história mostra que barreiras comerciais cedo ou tarde caem, mas o investimento certo pode durar gerações. E se a próxima fronteira do comércio não for geográfica, mas climática? Essa pergunta começa a circular entre executivos de montadoras, fabricantes de bebidas, investidores institucionais e até na Comissão Europeia. Afinal, com as novas diretrizes de taxonomia ambiental e exigências ESG, empresas estão sendo forçadas a revisar suas cadeias de suprimento com base não só em preço, mas em impacto. Se você fosse CEO de uma montadora americana com planos de vender carros na Europa até 2030, você compraria aço de alto carbono dos Estados Unidos ou aço verde do Canadá? É essa a encruzilhada que o Green Steel Accord está desenhando. Mas o plano não se sustenta sozinho. Ele depende de tempo, de coordenação e, claro, de confiança internacional. E é aí que entra o toque de gênio ou loucura, dependendo do ponto de vista. O Green Steel Accord não é apenas um pacote de subsídios, ele é uma jogada diplomática também. Os fundos estão sendo estruturados de modo a parecer como uma alternativa ao proteionismo. Enquanto os Estados Unidos impõem tarifas, o Canadá oferece crédito, tecnologia e redução de carbono. Enquanto os americanos defendem seu aço com bandeiras, o Canadá propõe uma cadeia de produção mais limpa e integrada. E nesse contraste, algo começa a se inverter. A imprensa americana, que inicialmente retratou Carney como provocador, começou a mudar o tom. Reportagens da Bloomberg e da CNBC destacaram que o aço canadense pode se tornar a peça chave para que montadoras dos Estados Unidos cumpram exigências de créditos fiscais sob o Inflation Reduction Act IRA. A lei assinada por Biden que exige redução de carbono na cadeia de produção para liberar incentivos. Ou seja, se os Estados Unidos quiserem aproveitar seus próprios incentivos verdes, talvez precisem do aço do Canadá. Esse é o tipo de ironia que derruba impérios comerciais. E tem mais. A London Metal Exchange, maior mercado global de metais, reagiu imediatamente. Em apenas uma semana após o anúncio da retaliação canadense, os contratos futuros de alumínio para 3 meses saltaram para o maior patamar em 8 meses. O mercado estava dizendo que a diplomacia ainda hesitava em verbalizar. A segurança do fornecimento está em risco e o mundo sabe disso. No dia seguinte ao anúncio, empresas como Tesla, Rivian e Ball Corporation solicitaram reuniões com o Ministério da Indústria Canadense, não para criticar, mas para entender como poderiam manter acesso ao alumínio canadense, peça fundamental para manter seus níveis de carbono abaixo do exigido, porque uma mudança para fornecedores alternativos significaria aumento direto na pegada de carbono e com isso perda de acesso a financiamentos e benefícios. Você percebe o que está acontecendo aqui? Carney está usando uma tarifa não como uma bomba, mas como um ponto de inflexão. Ele não quer apenas retaliar, quer real, quer forçar os Estados Unidos a reconhecerem que o futuro do comércio precisa incorporar o fator climático ou estar afadado ao colapso. Mas será que essa estratégia é compreendida por todos? Nos corredores do poder em Washington, a reação é mista. Alguns republicanos tratam o Green Steel como intervencionismo de esquerda mascarado de ecologia. Outros mais pragmáticos temem que os eleitores da Rust Belt comecem a perceber que foram enganados, que o proteionismo os isolou, enquanto o Canadá atrai investimentos e ganha prestígio internacional. E entre os empresários, reina a ansiedade. Se você quer acompanhar os próximos vídeos dessa disputa que já está redefinindo o eixo econômico do continente, inscreva-se no canal agora mesmo. Ative as notificações não apenas para não perder nenhum vídeo, mas para entender como isso impacta sua vida, seu trabalho, suas escolhas. E se esse conteúdo te provocou, curta o vídeo. Não por vaidade, mas porque cada like ajuda essa conversa a furar a bolha. A retaliação canadense à tarifa de Donald Trump não foi apenas um abalo nas estruturas econômicas da América do Norte. Ela desencadeou uma reação que poucos previram, a rara convergência entre CEO e sindicato. E esse movimento pode ser justamente o terremoto político que Washington não estava pronto para enfrentar. Tudo começou com uma pergunta desconfortável que ecoou dentro das salas das montadoras de Detroit. Quanto tempo a gente aguenta com esse custo? A resposta para muitas delas era simples, não muito. Nas planilhas da Ford, da General Motors, da Estelantes, os números saltavam em vermelho vivo. O aço canadense, essencial para a produção de chassi, eixos, estruturas de impacto e blindagem de baterias em carros elétricos, agora estava 50% mais caro. Com isso, a margem de lucro por veículo despencava. Cada SUV popular vendida no Canadá significava agora até 320 a menos. no bolso das montadoras. Um prejuízo que em larga escala poderia facilmente chegar à casa de 45 milhões de dólares por modelo ao longo do ciclo de vida. Isso sem contar os carros elétricos, que dependem ainda mais de ligas leves e alumínio de alta pureza fornecido. Adivinhe só, por Quebec? Mas não eram apenas os números que preocupavam. Dentro das fábricas, o clima mudava. Sindicalistas do setor automotivo, tradicionalmente alinhados com a narrativa protecionista de comprar americano, começaram a questionar o impacto real dessas tarifas. A retórica da proteção começava a ruir diante da realidade. Se as tarifas de Trump eram para salvar empregos, por tantos estavam agora ameaçados? No chão de fábrica em Dearborne, Michigan, um operador de prensa confidenciou a imprensa local. A gente escutou que o Canadá era o problema, mas os cortes vieram daqui e o aço que sempre usamos ainda é canadense, não chinês. Então o que estamos realmente defendendo? Essa contradição se espalhava como uma rachadura sobes discurso populista. Os trabalhadores queriam segurança, os empresários previsibilidade, mas o que estavam recebendo era instabilidade, incerteza e inflação escondida em peças metálicas. E aí surgiu o primeiro microconflito institucional que ninguém previu. Bill Hagerty, senador republicano pelo Tenesse, e aliado tradicional de Trump, rompeu o silêncio. Em um pronunciamento inusitado, alertou que a retalhação canadense poderia gerar um efeito cascata devastador. Se entrarmos em um ciclo prolongado de sanções comerciais com o nosso maior parceiro industrial, o que teremos não será uma muralha de proteção, será uma espiral de destruição mútua. A fala caiu como uma bomba no Capitólio, até porque na mesma semana os sindicatos metalúrgicos do United Steel Workers of America se pronunciaram de forma semelhante. A United Steel Workers Canada, liderada por Martin Warren, já havia apoiado publicamente a resposta de Carney, chamando as tarifas de Trump de traição aos trabalhadores. Agora, do lado americano, os sindicatos também começavam a questionar a estratégia trumpista, como explicar que trabalhadores nos dois lados da fronteira estavam sendo prejudicados por uma medida que prometia protegê-los? Essa é uma pergunta que nenhum estrategista eleitoral gosta de ouvir em ano de campanha. E a cada nova semana, mais vozes se somavam à crítica. A International Institute of Finance, IF, divulgou um relatório técnico com um dado alarmante. Se a guerra comercial entre Canadá e Estados Unidos se mantiver nesse ritmo, o PIB combinado dos dois países pode encolher até 0,3% até 2026. Pode parecer pouco, mas num contexto de inflação persistente, juros altos e desaceleração global, essa fração representa bilhões de dólares em riqueza perdida e milhares de empregos que deixarão de existir. No Canadá, o governo calculava os danos com frieza e lucidez. Com sua moeda desvalorizada e um superavit em exportações de energia, o país ainda podia respirar. Mas mesmo assim, as previsões do IF indicavam uma queda de até 0,4% no crescimento via canal de exportações líquidas. Era uma briga que sangrava os dois lados, mas Otawa parecia mais preparada porque não estava apenas reagindo, estava construindo paralelamente uma alternativa industrial. Nos Estados Unidos, por outro lado, o isolamento começava a tomar forma. Enquanto o Canadá apresentava ao mundo seu Green Steel Accord, sua diplomacia de baixo carbono e sua capacidade de manter a produção em funcionamento, mesmo com tarifas pesadas, os Estados Unidos se enredavam cada vez mais em contradições políticas. A ala populista defendia as tarifas como um gesto de força. A ala empresarial alertava para o risco de desindustrialização e os trabalhadores estavam perdendo a fé em todos. E no meio desse caos surgia uma verdade desconcertante. As tarifas de Trump estavam unindo quem ele mais temia, os capitalistas que financiam sua economia e os operários que elegem seus rivais. Mas isso era só o começo. No campo simbólico, Carney fazia o que nenhum primeiro ministro canadense havia feito em décadas. Desafiava abertamente o discurso de hegemonia dos Estados Unidos e fazia isso com classe, precisão técnica e respaldo popular. As pesquisas de opinião da Abacos Data confirmavam: 61% dos canadenses apoiavam uma retaliação equivalente. Em Ontário, esse número subia para 68%. Enquanto Trump falava com slogans, Carney falava com números. Enquanto o presidente americano usava chapéus vermelhos, o primeiro ministro canadense vestia gráficos e dados. E em uma era de pós-verdade, isso começava a ser um diferencial. E agora vem o ponto de inflexão da narrativa. Trump tem duas opções diante dele. Recuar avançar ainda mais, expandindo a guerra tarifária para setores como agricultura, autopeças, tecnologia. Mas cada passo, nesse sentido, arrisca destruir o delicado ecossistema de interdependência que mantém a América do Norte em equilíbrio desde o NAFTA. E o mais perigoso, ao apertar o cerco, Trump pode acidentalmente desencadear um efeito bumerangue mais devastador do que qualquer tarifa o colapso da confiança institucional entre Canadá e Estados Unidos. Porque uma coisa é brigar por porcentagens, outra muito diferente é perder a confiança de quem sempre esteve ao seu lado. A guerra tarifária desencadeada por Donald Trump não se limita a números ou manchetes econômicas. Ela está desafiando o próprio sistema de resolução de disputas globais, testando os limites da diplomacia moderna e colocando aliados históricos em posições de adversários. Tudo isso enquanto o mundo assiste, curioso e inquieto. E no centro dessa nova fase do confronto, emerge um conceito que a primeira vista pode parecer técnico, quase burocrático, mas que carrega dentro de si uma manobra de alta precisão geopolítica, a escada tarifária. Mas o que faz da escada tarifária algo tão importante neste ponto da narrativa? Ela é a maneira que o Canadá encontrou de dizer: “Nós podemos apertar e também afrouxar”. Mas só se vocês recuarem primeiro. Essa fórmula revelada pela equipe de assuntos econômicos do gabinete do primeiro- ministro durante as margens da reunião do G7 em Londres estabelece um sistema de progressão reversível. O Canadá anuncia uma tarifa de 50%, mas com um tabela transparente. A cada 3 meses, se os Estados Unidos reduzirem proporcionalmente suas tarifas sobre aço e alumínio, o Canadá responderá com redução gradual de sua própria taxa. É uma estratégia simples de explicar, mas profundamente sofisticada em termos diplomáticos. É como jogar xadrez, sabendo que o oponente só pensa em dominó. Mas por que isso é tão relevante? Porque ela muda o tom do conflito. Retaliação pura e simples é leitura fácil. Uma escalada desordenada, impulsiva, como vimos tantas vezes em disputas comerciais globais. Mas uma escada, uma proposta visível de saída com datas, percentuais e mecanismos de monitoramento, isso exige resposta. Isso obriga a negociação. Isso desarma aos poucos a narrativa de confronto absoluto e mais do que isso, posiciona o Canadá como adulto na sala. Enquanto Trump continua brandindo o bordão do America, tentando manter seu eleitorado mobilizado com gestos teatrais e promessas de muros, Mark Carney constrói degraus um a um, mostrando que o Canadá está disposto a resolver, mas que não será mais pisoteado por retóricas vazias. E é aí que entra o outro elemento chave desta fase da crise, a Organização Mundial do Comércio, ou melhor, aquilo que ainda resta dela. Porque veja bem, a OMC não é mais o árbitro firme e imparcial que muitos imaginam. O seu órgão de apelação está paralisado desde 2019, bloqueado pelo próprio governo dos Estados Unidos, que recusou a nomeação de novos juízes para o painel, enfraquecendo o sistema que eles mesmos ajudaram a criar. O resultado é que qualquer disputa apresentada à OMC entra num limbo jurídico, um julgamento que pode demorar anos ou nunca chegar. Mesmo assim, o Canadá decidiu jogar nas duas frentes. Enquanto aplica tarifas e propõe escadas, também prepara uma denúncia formal sobre as regras do acordo de solução de controvérsias, DSU, da OMC. A queixa é clara. Os Estados Unidos estão abusando da sessão 232 da legislação comercial americana para proteger setores que na prática não tem nenhuma conexão com o risco geopolítico. E aqui entra um dado inesperado. Mais de 78% do aço canadense exportado para os Estados Unidos é utilizado diretamente por empresas americanas em cadeias de suprimento integradas. Estamos falando de usinas, autopeças, estruturas industriais. Em outras palavras, o que Trump chama de ameaça à segurança é de fato, o próprio sistema produtivo dos Estados Unidos tentando funcionar. A denúncia do Canadá, segundo fontes do Canada Border Services Agency, CBSA, está pronta. Ela se baseia não apenas em princípios jurídicos, mas também em anexos técnicos inéditos que incluem dados de carbono, rastreabilidade de origem e projeções econômicas um novo tipo de ofensiva, onde sustentabilidade, economia e diplomacia se cruzam. E agora vem uma virada de tom. Enquanto os Estados Unidos endurecem contra o Canadá, continuam oferecendo exceções e acordos paralelos a outros países. Austrália, por exemplo, foi isenta de cotas. Japão e Coreia do Sul receberam regimes especiais. Por quê? O que há de tão perigoso no aço canadense que não existe no australiano? A pergunta é provocadora e legítima. É por isso que Tóquio e Seú estão observando cada passo de Otawa com atenção redobrada. Porque se o Canadá for bem-sucedido na aplicação da escada tarifária e na exposição legal da manipulação americana da sessão 232, abre-se um precedente para outros países reagirem com simetria. Imagine por um momento, o Japão, pressionado há anos por cotas americanas, resolve adotar sua própria escada tarifária. A Coreia do Sul segue o mesmo caminho. A União Europeia entra no jogo, o que começou como uma briga bilateral entre dois aliados poderia se transformar em uma reação em cadeia, um movimento global contra o proteismo unilateral dos Estados Unidos. Nesse cenário, a escada tarifária canadense não é mais apenas uma ferramenta técnica. Ela vira um modelo diplomático replicável. E Trump, em pleno ano eleitoral terá que explicar por o mundo está rejeitando seu estilo de negociação. Nas últimas semanas, a tensão entre Estados Unidos e Canadá não só aumentou, ela se espalhou como uma rachadura se multiplicando por toda a superfície de uma ponte outrora sólida. Só que essa ponte não é de concreto. Ela é feita de logística, suprimentos, confiança e interesses compartilhados. E uma dessas fissuras chegou ao coração do Vale do Silício. Comecemos com a Tesla. Poucos sabem, mas a montadora de Elon Musk depende fortemente de alumínio canadense para fabricar peças estruturais em seus modelos mais avançados e não apenas alumínio comum. Estamos falando de alumínio com pureza controlada, baixa pegada de carbono e alto desempenho produzido com energia limpa nas fundições de Quebec. Esse material é essencial, por exemplo, para super prensas que moldam a estrutura das baterias e plataformas dos carros da Tesla em Nevada e Austin. Com a tarifa de 50% imposta pelo Canadá como retaliação às medidas americanas, o custo desse insumo dispara. E Musk, apesar de sua retórica orgulhosamente nacionalista, não consegue simplesmente substituir esse fornecimento por alumínio indonésio ou do Oriente Médio. Por quê? Porque esses materiais têm alto teor de carbono. Em um mundo regulado por metas ESG e incentivos como o Inflation Reduction Act, usar materiais mais poluentes significa perder acesso a bilhões em subsídios e financiamentos verdes. Agora imagine a ironia. Uma empresa americana produzindo em solo americano é forçada a pagar mais porque seu próprio governo iniciou uma guerra comercial com um parceiro ambientalmente confiável. Mas a Tesla não está sozinha. A SpaceX, também de Musk, usa blocos de alumínio lítio fundidos em Montreal para os revestimentos de seus foguetes Starship. Esse tipo de liga metálica é resistente a altas temperaturas, choques estruturais e variações bruscas de pressão. Substituí-lo não é simples, muito menos rápido. Se o fornecimento for interrompido ou encarecido demais, o cronograma das missões espaciais é atrasado. e atrasos nesse mercado não são apenas custos são estratégicos. Especialmente com a China acelerando seus próprios programas espaciais. A indústria de bebidas, especialmente a de cervejas artesanais, também sentiu o BAC. O aumento de até 5 centavos por lata fez pequenos produtores repensarem sua distribuição. Algumas marcas já relatam queda em vendas e dificuldades em manter presença em supermercados. Não estamos falando apenas de economia, estamos falando de cultura local, de identidades regionais. Quando a retaliação atinge esse ponto, o conflito deixa de ser um debate entre ministros e se torna algo que toca a vida cotidiana. Mas o efeito dominó ainda não terminou. Nos bastidores do setor energético, os sinais de alerta estão vermelhos. O Canadá, como um dos maiores exportadores de petróleo cru para os Estados Unidos, possui uma carta poderosa que ainda não jogou. A energia. Cerca de 69% do petróleo extraído no oeste canadense vai direto para refinarias americanas. E esse fluxo mantém de pé boa parte da estrutura fiscal de ambas as nações, inclusive a delicada balança inflacionária dos Estados Unidos. Carne sabe disso e, embora tenha se recusado até agora a usar esse trunfo como arma direta, fontes próximas ao gabinete indicam que há um plano B pronto caso Trump continue a escalar a guerra tarifária para outros setores. O plano envolveria restrições parciais, reencaminhamento de parte das exportações para a Ásia e uma campanha diplomática de reaproximação com potências emergentes interessadas em petróleo limpo e previsibilidade institucional. Algo que os Estados Unidos neste momento não estão oferecendo. E nesse vácuo de estabilidade, adivinhe quem entra sorrindo? A China. A percepção em Pequim é clara. A guerra entre Canadá e Estados Unidos é um presente inesperado, um racha dentro do bloco ocidental que enfraquece a coordenação industrial, compromete a cadeia de suprimentos integrada e abre espaço para a China ampliar sua presença em mercados até então dominados pela América do Norte. Um relatório confidencial do Ministério do Comércio Chinês vazado para jornalistas em Hong Kong deixa isso evidente. Nele, oficiais traçam rotas alternativas de exportação de aço chinês para a Europa via União Econômica da Eurásia, usando o Cazaquistão como ponto de triangulação. Isso permite à China esvaziar seus estoques sem enfrentar diretamente as tarifas ocidentais, ao mesmo tempo em que preenche as lacunas deixadas por fornecedores canadenses e americanos em guerra entre si. Ou seja, quanto mais os Estados Unidos tentam se proteger, mais empurram seus parceiros para longe e abrem espaço para seus adversários. Esse é o paradoxo da era Trump. O protecionismo que prometia America First está pouco a pouco virando America Alone. Dentro do Congresso americano, vozes que antes silenciavam em respeito à figura de Trump começam a questionar o custo político de tudo isso. O senador Bill Hagerty já alertou sobre o risco de rebelião empresarial. Agora, outros nomes moderados dentro do próprio partido republicano falam abertamente sobre o risco de perder não apenas empregos, mas também doadores de campanha e apoio institucional. E para piorar, as eleições se aproximam. Os eleitores do cinturão industrial, que ouviram de Trump promessas de revitalização econômica, agora observam fábricas em pausa, preços subindo e CEOs reclamando. É difícil manter uma narrativa de força quando os fatos te contradizem nos números, nas prateleiras e nas contas do fim do mês. Mas e o Canadá? Mark Carney continua navegando entre a cautela e a assertividade. Ele sabe que não pode exagerar na retaliação a ponto de comprometer a imagem internacional do país. Por isso, mantém o discurso técnico, transparente, fundamentado em dados e estudos de impacto, mas ele também sabe que precisa manter o cerco. A estratégia, segundo seus conselheiros, é clara. forçar Washington a negociar sem jamais parecer desesperado para isso. Esse vídeo não é apenas sobre economia, ele é sobre soberania, sobre maturidade diplomática, sobre a capacidade de um país pequeno de mostrar que firmeza e inteligência ainda tem lugar no cenário global. E agora cabe a você tirar suas próprias conclusões. Você acredita que o Canadá agiu certo ao responder com estratégia em vez de submissão? Você acha que a era dos acordos multilaterais precisa renascer com novas bases ambientais, sociais, tecnológicas? Ou será que estamos de fato entrando numa era de blocos fragmentados e confrontos por hegemonia? Deixe seu comentário. Sua opinião é parte fundamental dessa conversa. E se esse vídeo te ajudou a entender um pouco melhor como política externa, economia real e o seu cotidiano estão interligados, inscreva-se agora no canal. Ative as notificações para não perder os próximos vídeos. E se você acredita que precisamos de conteúdo que vai além da superfície, curta esse vídeo agora mesmo. Aqui a gente não entrega respostas fáceis, mas entrega contextos que ninguém está explicando e consequências que já estão à sua porta. Muito obrigado por nos ter acompanhado até aqui. Seu tempo, sua atenção e sua reflexão são o que tornam este trabalho possível. Até o próximo vídeo.

🔥 Canadá reage com tarifa de 50% – guerra comercial com os EUA atinge nível crítico! 🇨🇦⚔️🇺🇸
Com a imposição de tarifas sobre aço e alumínio canadense por Donald Trump, Ottawa respondeu com força total. A maior cadeia de suprimentos da América do Norte — de Detroit a Vancouver — pode ser afetada. 🚗📉🥫
O primeiro-ministro Carney vai além dos impostos: ele propõe uma resposta estratégica que inclui investimentos verdes, pressão diplomática e argumentos ambientais.
🌍 Quem vai pagar a conta: os consumidores ou os fabricantes?
📉 Estamos à beira de uma recessão compartilhada?
🇨🇳 E como a China pode se beneficiar desse conflito interno no Ocidente?

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