Buffett pode até odiar sushi, mas seu apetite pelo Japão é voraz
A maioria esmagadora das empresas em que Warren Buffett, que mora aqui, investe, são americanas e ele tem muito orgulho disso. Mas nos últimos anos apareceu uma notável exceção no portfólio da Berkshire Haraway, as empresas japonesas. De 2019 para cá, a Berkshire foi comprando aos pouquinhos participações em cinco grandes conglomerados japoneses: Itosu, Marubeni, Mitsui, Mitsubishi e Sumitomo. Esses grupos são super importantes pra economia japonesa, porque eles atuam em uma enorme variedade de setores, da energia à tecnologia, da manufatura ao comércio varegista de eletroeletrônicos. E essa característica é o que chama a atenção do Warren Buffett nessas empresas japonesas, porque em alguma medida ela lembra um pouco a maneira como a própria Berkshire Haraway faz a gestão do seu portfólio, com uma diversificação de setores, grandes empresas sólidas e que vão ser investidas por um longo tempo. Mas não foi só aí que ele enxergou uma oportunidade. Em prática, Warren Buffett tá tomando dinheiro emprestado no Japão, onde os juros são baixíssimos, para fazer essas compras de participação nas empresas japonesas. Elas vinham sendo negociadas nas bolsas com preços muito baixos para o tipo de empresa que são e ainda assim distribuindo um percentual consistente de dividendos na faixa dos 5% ao ano. Então foi o trade perfeito. Toma dinheiro barato, investe em ativos sólidos que distribuem uma boa parcela do seu lucro como dividendos. Como é que ninguém tinha pensado nisso antes? O Japão ficou esquecido pelos investidores durante algumas décadas. Até os anos 80 era visto com uma potência, mas uma crise nos anos 90 desestabilizou a bolsa de Tóquio, que recuou tremendamente e também prejudicou o sistema financeiro. Como consequência, a economia perdeu o dinamismo e os investidores deixaram essa porção do mercado financeiro totalmente de lado. Foi preciso um processo longo e lento de renascimento para que as empresas japonesas voltassem a chamar a atenção de gente como Buffet. estudiosos da cena corporativa relatam que essas empresas foram adotando um mix de eh novas técnicas de gestão com a gestão tradicional para conseguir reconquistar a credibilidade do mercado. E aí ao cabo isso acabou funcionando. Atualmente a Berkshire Haraway tem fatias entre 8 e 9% de cada um desses grupos eh em que investe no Japão. Mas o Buffet já adiantou que é muito possível que essa fati ultrapasse os 10% nos próximos anos.
Conhecido por investir majoritariamente em empresas americanas, Warren Buffett tem feito uma rara e estratégica movimentação internacional. Desde 2019, sua holding, a Berkshire Hathaway, passou a adquirir participações significativas em cinco conglomerados japoneses: Itochu, Marubeni, Mitsui, Mitsubishi e Sumitomo.
Esses grupos atuam em diversos setores e chamaram a atenção de Buffett por lembrarem, em certa medida, o modelo diversificado e resiliente da própria Berkshire. Além disso, estavam sendo negociados a preços baixos, com dividendos consistentes em torno de 5% ao ano.
Buffett aproveitou os juros historicamente baixos do Japão para tomar dinheiro barato e investir nesses ativos sólidos. Um movimento que muitos ignoraram por anos, após a estagnação que se seguiu à crise dos anos 90.
#berkshirehathaway #warrenbuffett #economia
———–
Baixe a agenda de dividendos do InfoMoney:
https://inf.money/SJgV@aW2pJl
————-
Acompanhe o InfoMoney também no site e nas redes sociais.
Site: https://www.infomoney.com.br/
📱WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaHC3PWJpe8XVqUquy1f
📷Instagram: https://www.instagram.com/infomoney/
🎥 TikTok: https://tiktok.com/infomoney
X: https://x.com/infomoney
🔵 Facebook: https://www.facebook.com/InfoMoney
🗎 Newsletter: https://www.infomoney.com.br/newsletters/
🖋️ LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/infomoney/
InfoMoney, há 25 anos levando informações que valem dinheiro.
1 Comment
Muito boa informação.