JAPÃO E EUA VÃO MUDAR A ECONOMIA COMO CONHECEMOS | BRUNO MUSA
está pintando um verdadeiro sellof nos mercados americano e japonês, ou seja, um mercado de venda massiva. E claramente, se isso acontecer, afeta diretamente aqui ao Brasil, mas não só os mercados, caso você não tenha capital investido ou em bolsa, não. Afeta também a economia real, afeta o funcionamento das nossas empresas, porque diretamente muda o câmbio, que muda a taxa de juro e, portanto, muda o nosso dia a dia. Mas será que nós podemos absorver parte desse fluxo nesse eventual sellof ou estaremos despreparados novamente e o capital fluirá para outros locais? Vamos entender no detalhe como isso funciona, mas de maneira simples para que você vá além da manchete, entenda como algo que pode parecer abstrato ou técnico pode te ajudar na proteção do seu patrimônio e na proteção dos ciclos econômicos dentro do teu emprego, da tua empresa e da tua vida. Vamos entender para irmos direto ao ponto. Na semana passada, os dois principais índices da bolsa dos Estados Unidos, o S&P 500 e a NASDAQ caiu 2,5%. Nada demais, mas uma queda importante a tantas mudanças que estão acontecendo. Já fiz vários vídeos explicando que o plano de Donald Trump de diminuir o seu déficor e o déficit comercial e expliquei detalhadamente cada um deles, é extremamente relevante e importante. Para diminuir o déficercial e o défic conta corrente, ele precisa de um dólar mais fraco pros seus produtos dos Estados Unidos serem mais competitivos e, claro, ele não ficar na dependência de países inimigos, como por exemplo a China, que ela fornece materiais, armas numa eventual guerra entre os dois, você depender do teu inimigo ou até mesmo produtos, matériapra e insumos para produtos importantes fabricados Estados Unidos que vem da China. Claramente isso mostra uma dependência americana com relação ao país asiático. E ele quer mudar isso e passa por enfraquecer o dólar. Mas outro ponto importante que está acontecendo é o que ficou chamado de big beautiful bill, ou seja, o plano de cortes de impostos de Donald Trump. Quem nos segue aqui nesse canal sabe o meu posicionamento a respeito de impostos. Impostos para mim é uma tomada forçada do capital de terceiros. do teu dinheiro para financiar causas ou produtos e serviços que você sequer usa. O dinheiro poderia ser muito melhor usado na mão da população. Isso traz mais eficiência e melhoria na qualidade de vida, especialmente para os mais pobres. Portanto, sou totalmente a favor do plano de reduzir impostos. Sempre enalteço essa ação do Donald Trump. Sempre. Porém, quando você reduz impostos, é importante que você reduza também o teu gasto. Uma vez que ao reduzir impostos, você tem uma queda na tua receita. Se você continua gastando a mesma coisa, necessariamente o teu déficit aumenta. Quando déficit aumenta, significa um endividamento maior. Ao se endividar mais, os países precisam pagar maiores taxas de juros para conseguir atrair dinheiro e ser atrativos, uma vez que você está mais endividado. O mercado exige taxa de juros maiores e o mercado sou eu, você, todos nós que compramos títulos públicos americanos, financiamos o governo americano e taxas de juros mais altas encarecem a rolagem da dívida. As dívidas estão vencendo. Ele pega dinheiro novo, se endivida com dinheiro novo, paga a dívida que tá vencendo. Só que esse dinheiro novo, ele foi captado com taxas de juros mais altas. Portanto, o problema da dívida aumenta ainda mais. Se a receita do governo cai e o déficit que já é gigantesco nos Estados Unidos da ordem de 2 trilhões 6,5% do PIB continuar crescendo, o endividamento sobe e as curvas de juros sobem mais ainda, o que encarece o crédito, encarece as hipotecas aos americanos que já estão extremamente endividados. Inclusive, no vídeo que eu fiz na semana passada e detalhei o problema como um todo, recomendo que vocês assistam, eu mostrei que a taxa de hipoteca já se aproxima de 7% ao ano nos Estados Unidos, o que encarece o financiamento imobiliário. Pois bem, alguns estudos já mostraram que se o corte de imposto for aprovado no Senado, que é o processo que falta lá nos Estados Unidos, e o gasto não for cortado nos Estados Unidos, esse défic 4 trilhões na próxima década. E aí claramente coloca mais pressão na curva de juros futura dos Estados Unidos. Em meio a tudo isso, seria de se esperar que o dólar, o DXY, que é o índice do dólar, frente a uma cesta de seis principais moedas no mundo, tivesse ganhando valor. Juros mais alto nos Estados Unidos leva uma demanda maior por dólar. Ora, se o juro está mais alto nos Estados Unidos, eu vou comprar dólar para investir lá nos Estados Unidos, comprar título público americano, que está me pagando taxa de juros mais alta. Isso historicamente aconteceu, mas o que vemos agora é algo diferente. Os juros futuros estão subindo e o dólar está perdendo o valor frente às principais moedas no mundo. Esse é o gráfico que a gente consegue ver na linha azul, o DXY, que está abaixo de 99 pontos. E a linha verde nada mais é do que o euro frente ao dólar. Olha como o euro vem ganhando valor. E isso vem acontecendo com outras moedas, com franco suíço e outras moedas importantes no mundo. Ou seja, o dólar perde valor mesmo quando a taxa de juros nos Estados Unidos está subindo. A taxa de juros futura é determinada por livre oferta e demanda no mercado. Ou seja, há uma complexidade que é importante que entendamos. E para entender todo esse ciclo econômico, a gente precisa entender e entrar no debate. Será que o Brasil pode surfar a onda de captar parte desse dinheiro pelo mundo? Pois bem, para isso, nós precisamos nos educar política e economicamente, exigir reformas, desmascarar as mentiras, confrontar o discurso único, ensinar as crianças a pensar, refletir e não apenas repetir bordões óbvios e superficiais, denunciar o populismo e o aparelhamento do Estado. Mas se nós não sabemos identificar esses processos, como é que nós vamos conseguir pressionar? Por isso que eu os convido para participar do debate diário comigo no WhatsApp. O link tá no descritivo, care code tá aqui na tela. Vamos juntos para termos a oportunidade de deixar um país melhor. Não apenas crescermos como pessoa, mas também deixarmos um país melhor. Ou então é melhor assistir o país definhar. Além do debate diário que a gente fala de investimentos, política, economia, geopolítica, tem mais de 100 horas de livros resumidos em vídeos de misses, ação humana, um tratado econômico, livros de tratados de política, a lei de Bastiar, além de cursos gravados por mim de microeconomia, macroeconomia, contabilidade gerencial, para que nós possamos ter mais ferramentas e nos protegermos das mudanças governamentais que sempre ocorrem. corre e a compreensão do ciclo econômico. Então, deixo o convite. Vai ser um prazer ver todos vocês por lá. Pois bem, voltamos aqui. Então, taxa de juros em alta, mas o dólar perdendo o valor. E o Japão? O Japão é o país mais endividado do mundo, 240% a relação dívida frente ao PIB japonês. O segundo país mais endividado no mundo é a Itália com 135%, Estados Unidos 125%, países extremamente endividados que como eu falei aqui, a dívida segue crescendo se você não cortar esse gasto público. E ao olharmos o montante que o governo americano gastou do começo do ano de 2025 até hoje, já é maior o gasto do que o mesmo período do ano passado. Nesse ano gastou por volta de 3hõ80 bilhões, quando no ano passado, nesse mesmo período, tinha gastado pouco mais de 2.hões920 bilhões, ou seja, um gasto maior. Portanto, eles não cortaram gastos e isso tende a aumentar o déficit. Repito, apoiamos sempre o corte de impostos, mas também precisa diminuir o crescimento da máquina pública. Pois bem, no Japão, como eles vieram incrementando a sua dívida ao longo das últimas décadas e não havia inflação, de novo, a importância de entender o ciclo econômico que ele dura mais tempo. A inflação por fim, chegou no Japão depois do incremento da dívida que o transformou no país mais endividado do mundo. A inflação hoje está em 3,6% no Japão. juros reais estão negativos. O que significa isso? Que o juros é menor do que a inflação. Ou seja, o patrimônio dos japoneses já está sendo corroído pela inflação. Mesmo se olharmos, o título público japonês com vencimento de 10 anos está pagando 1,5% ao ano. É a linha azul, abaixo da inflação de 3,6%. O título público japonês pagando mais de 3%. E ambos cresceram um absurdo. O montante que o Japão precisa pagar de juros para atrair capital nos últimos meses. Título público japonês de 30 anos pagando mais de 3%, mas mesmo assim abaixo da inflação de 3,6%. Um problema importantíssimo que o primeiro ministro japonês público na semana passada e falou que a dívida deles, o problema da dívida e o problema fiscal é mais grave do que o da Grécia, quando a Grécia quebrou e arrastou toda a Europa. Nesse mesmo gráfico, na linha laranja, nós vemos os títulos públicos americanos com vencimento de 10 anos, que é o título mais líquido do mundo e proxy pros outros países remitirem seus títulos de 10 anos. O dos Estados Unidos está pagando mais de 4,51% também num crescimento importante nos últimos tempos. E como eu falei, o juros mais alto deveria levar a uma demanda maior de dólar e não está acontecendo. Portanto, o que vemos é uma desalavancagem de Estados Unidos, o que pode levar, inclusive, se os juros continuar a subir no Japão, o incentivo de governo e credores privados dos Estados Unidos venderem os títulos públicos americanos, japoneses vendendo os títulos públicos americanos. Vale lembrar que o Japão é o país que mais tem título público americano, 1 trilhão1 bilhões, mais ou menos. A China chegou a ter mais de 1 trilhão, já vem vendendo, está por volta de 750, 800 bilhões agora. Portanto, se a taxa de juros sobe no Japão para conter a inflação, nós podemos ver um fluxo de capital no mundo saindo de títulos públicos americanos, alemães, até mesmo brasileiro para voltar para o Japão, uma vez que a taxa de juros lá estaria mais alta. E esse rearranjo faz preço nos mercados. ativos podem desvalorizar com relação a isso. Se eles passam a vender os títulos públicos americanos, como a China vem fazendo numa quantidade alta, necessariamente o valor do título cai, mas a rentabilidade dele sobe. A taxa de juros que ele paga tem que subir. E ao subir encarece a dívida desses países, faz preço nas moedas, nos câmbios e nos afeta aqui diretamente, porque a cotação do real acaba perdendo valor também ou valorizando. Isso muda a forma como nós entendemos o ciclo econômico aqui. Portanto, nós vemos no mundo, Alemanha, Itália, França, seus títulos públicos de 10 anos também todos subindo. E há assim uma clara discussão agora da importância da diminuição das dívidas que nos últimos anos, as últimas décadas, os estados foram se endividando como se não houvesse amanhã. E essa é a importância da compreensão do ciclo econômico, principalmente da Escola Austríaca de Economia, que menciona claramente como funciona isso e quais ativos tendem a se beneficiar ou nos proteger em uma crise dessa. Mas e o Brasil? O Brasil, portanto, precisa fazer a sua lição de casa, parar com as suas ações heterodoxas, mas isso não faz parte da cartilha do PT. O PT continua com a prática da heterodoxia, ou seja, mais intervencionismo, mais gasto, mais populismo em um país que, segundo os cálculos e a metodologia do FMI, já temos uma relação de 86% da dívida frente ao PIB. E não adianta comparar com o Japão, com Itália, com Estados Unidos, como eu mencionei, porque não há demanda por real. O Brasil emite mais dívida. A demanda por realmente diferente da demanda por euro, da demanda por yene ou por dólar. Portanto, a inflação bate mais rápido aqui. Inclusive, o Morgan Stanley vem falando que a preocupação fiscal no Brasil permanece, não diminuiu, mesmo após o congelamento do governo de 31 B na semana passada, que eu já expliquei num vídeo disponível sábado nesse canal. Portanto, mesmo o governo congelando 31 bit de gastos, fez aquela pataquada, me perdoe a palavra, com IOF, mais perdido do que segue em tiroteio, com falta de conhecimento, de economia, de comunicação, uma bagunça, uma ação puramente arrecadatória que eles tiveram que parcialmente voltar atrás, mas o imposto já está mais alto do que estava antes do fatídico anúncio do IOF. Portanto, se o Brasil quer uma mudança, nós precisamos entrar para o debate e que a pessoa ao nosso lado entenda a importância disso. Caso contrário, seremos mais uma vez apenas um espectador do fluxo de capital, migrando Estados Unidos, Japão, Alemanha para outros países emergentes que não o Brasil. E a Argentina já começou a receber um fluxo importante no Brasil ainda. O investimento direto no país continua na ordem de 70 bilhões mais ou menos por ano. O que é importante, financia o défic corrente. Ainda há demanda por título público brasileiro. Mesmo o governo tendo que pagar taxas muito mais altas. Não há dúvida sobre a solvência do governo, portanto, a demanda para esses títulos. Devemos mudar a mentalidade de pensar, portanto, mudar esse governo, trazer gente competente, trazer pressão dentro da sociedade para que o Brasil mude agora em 2027, que o próprio governo falou que não vai ter mais dinheiro para educação e saúde nos gastos não obrigatórios por conta do quecimento dos gastos obrigatórios. Ou seja, é extremamente importante o debate, por isso eu convido, deixa o QC code na tela aqui novamente. Vamos juntos debater pra gente não assistir apenas de camarote esse país, definhar e sentirmos na pele. As oportunidades estão aí, muitas. Não deixemos passar. É isso que nós debatemos lá diariamente, mas é importante a compreensão do macroeconômico, dos ciclos econômicos para interpretar qual momento, quais ativos nós estamos nos protegendo ou tomando um risco adicional. Mudemos esse país ainda há tempo, está em nossas mãos. Espero que essa parte técnica tenha ficado claro e que passe a fazer parte do seu dia a dia de análise e de leitura em um cenário macro. Vamos juntos. Seguimos.
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5 Comments
Grande Musa
Melhor canal de economia!
Parabéns
Você, Musa, merecia ser o nosso ministro da economia. Melhor youtuber que domina esse assunto!
Bruno, você é um sonhador, o problema do brasil é um só, o material humano não presta. O brasileiro é acomodado, preguiçoso e adora ser ignorante sobre tudo. Não há como um país dar certo quando mais da metade da população é analfabeta funcional e se orgulha disso…
Sempre a melhor maneira de começar o dia! Parabéns Musa.
Tá na hora do estado diminuir e começar a substituir funcionarios publicos por inteligencia artificial.
a digitalizaçao é o futuro para um governo gastar menos e ter menos burocracia.