Por que o Japão vai colapsar o Mundo nos próximos Meses?
Quando falamos das grandes potências econômicas do mundo, os Estados Unidos e a China geralmente lideram as manchetes. Mas há um país insular do outro lado do Pacífico que tem um impacto gigantesco na economia global. O Japão. Mesmo sendo um arquipélago com poucos recursos naturais, o Japão é a terceira maior economia do planeta em termos de PIB nominal. E isso não é por acaso. Por que o Japão importa tanto pra economia global? É o que vamos ver neste documentário. Desde o pós-guerra, o país passou por uma transformação radical de uma nação devastada para uma potência industrial altamente desenvolvida. O Japão é sinônimo de tecnologia de ponta, automação e qualidade de produção. Mas o cenário hoje é diferente. O Japão é o país mais endividado do mundo. Quem já estudou um pouco sobre economia japonesa percebe que essa dívida é insustentável. Em algum momento, ou os juros vão ter que subir muito, o que pode quebrar o governo, ou o Banco Central vai precisar imprimir dinheiro para pagar a dívida. Como a maior parte dessa dívida é em moeda local, isso pode gerar muita inflação. Se você está acompanhando esses movimentos, comente abaixo. Para quem não conhece este canal, aqui falamos sobre geografia, geopolítica e economia. Tem vários vídeos sobre esses temas. Se gostar do conteúdo, compartilhe o vídeo e se inscreva no canal. Quando se fala em crise, dívida pública ou bolhas econômicas, o Japão quase sempre surge como um exemplo que ninguém entende direito. Como é que um país com uma das maiores dívidas do planeta continua funcionando como se nada estivesse errado? Mais ainda por o Japão ainda importa tanto para o mundo, mesmo sendo chamado de a mãe de todas as bolhas? Vamos por partes. Nos anos 80, o Japão era visto como o futuro. Um país ultra moderno, rico, tecnológico. O valor da bolsa de Tóquio disparava. O setor imobiliário crescia sem parar. O Japão era o centro do mundo financeiro asiático. Mas por trás de tudo isso, uma bolha, aliás duas, uma imobiliária e outra no mercado de ações. Ambas alimentadas por crédito fácil, especulação e uma confiança cega de que o crescimento nunca teria fim, mas teve. No início dos anos 90, a bolha estourou, os preços dos imóveis despencaram, a bolsa perdeu metade do valor. O país mergulhou em décadas de estagnação econômica, conhecidas como a década perdida. Preocupado com a inflação de ativos e o risco de superaquecimento, o Banco do Japão começou a subir as taxas de juros em 1989. A taxa básica foi elevada de cerca de 2,5% para 6% em 1990. O objetivo era esfriar o mercado, reduzir a especulação e controlar o crescimento. Porém, o movimento foi agressivo e rápido demais, considerando que toda a economia estava dependente de crédito barato. Assim que os juros subiram, o custo dos empréstimos aumentou e o otimismo virou medo. Os preços das ações caíram abruptamente. Em um ano, o índice Nikei perdeu quase metade do seu valor. O setor imobiliário, antes tido como infalível entrou em queda livre. Muitos investidores e empresas ficaram super endividados com ativos que agora valiam menos do que seus financiamentos. Era como um dominó. Quando os preços começaram a cair, as vendas forçadas se multiplicaram, acelerando ainda mais a queda. Os bancos estavam no centro da bolha, financiando especulação imobiliária, compra de ações com alavancagem, fusões e aquisições a preços inflacionados. Com o colapso, eles se viram com ativos desvalorizados e empréstimos inadimplentes, os chamados não performem longs. Mas em vez de reconhecerem os prejuízos, os bancos tentaram esconder as perdas, refinanciando empresas falidas e adiando o reconhecimento das dívidas. Isso criou uma crise de confiança no sistema financeiro. Com medo de novas perdas e pressão sobre seus próprios balanços, os bancos cortaram drasticamente a concessão de crédito. Focaram em sobreviver em vez de financiar o crescimento. Empresas saudáveis deixaram de investir porque não conseguiam empréstimos. A economia entrou em recessão técnica e começou o ciclo vicioso da estagnação, que na prática já dura mais de 30 anos. E como o governo reagiu? Com estímulos, pacotes fiscais e dívida, muita dívida. Hoje o Japão tem a maior dívida pública do mundo desenvolvido em relação ao seu PIB, mais de 260%. Pra comparação, os Estados Unidos têm cerca de 120. A zona do euro impõe um teto de 60, ou seja, o Japão está muito acima de qualquer referência considerada saudável. Então, como ele ainda não quebrou? A resposta é complexa. Primeiro, a maior parte da dívida japonesa está nas mãos de japoneses, bancos, seguradoras e especialmente o Banco Central do Japão, que imprime en e compra títulos do próprio governo. Isso dá uma ilusão de estabilidade, porque o país não depende tanto de investidores externos. Segundo, o Japão tem uma moeda forte, uma economia altamente desenvolvida e uma sociedade disciplinada. É um lugar estável, confiável. Então, por enquanto, os mercados aceitam essa situação. Mas por quanto tempo? Com uma população que envelhece rapidamente, uma força de trabalho em queda e uma produtividade que não cresce no ritmo necessário, o Japão está gastando mais do que arrecada, há décadas. E para cobrir esse rombo continua emitindo dívida. Parece um castelo de cartas enorme, aparentemente firme, mas com base frágil. Se algum dia essa confiança interna e externa balançar, se os investidores começarem a exigir juros mais altos para financiar o governo ou se a inflação sair do controle, o Japão pode enfrentar uma crise financeira de proporções históricas e o mundo todo vai sentir, porque o Japão ainda importa muito. Ele é a terceira maior economia do planeta. é um dos maiores exportadores de tecnologia, máquinas, peças automotivas e semicondutores. É um elo fundamental na cadeia global de suprimentos. Qualquer instabilidade em sua moeda, em seus mercados ou em sua capacidade de investimento pode provocar efeitos dominó em todo o sistema financeiro internacional. Mas o Japão tem uma vantagem. Apesar de toda essa dívida interna, ele é credor externo. Isso significa que, diferente dos Estados Unidos, que devem cerca de 26 trilhões de dólares ao exterior, o Japão tem trilhões de dólares em ativos no exterior. Ou seja, o Japão tem recursos no exterior que pode vender ou repatriar para conseguir dinheiro e financiar sua própria dívida. Para dar uma noção do tamanho disso, a posição internacional líquida do Japão é positiva em 547 trilhões de ienes, o que equivale a cerca de 3,8 trilhões de dólares. Isso significa que o Japão tem mais ativos no exterior do que estrangeiros tem no Japão. Esses ativos estão principalmente em investimentos diretos, participações em empresas estrangeiras, ações e títulos de dívida e reservas internacionais que pertencem ao governo japonês e estão, em sua maioria investidas em títulos do governo dos Estados Unidos. Os japoneses possuem muitos investimentos no exterior, como ações e títulos de outros países. Em um cenário mais difícil, por exemplo, se os juros continuarem subindo e o Banco Central do Japão não quiser mais imprimir dinheiro para financiar a dívida pública com medo de causar inflação, o governo pode agir. Ele pode, por meio de incentivos ou até por lei, influenciar ou obrigar fundos de pensão, o próprio governo e investidores locais a venderem esses ativos no exterior, como ações americanas, dívidas corporativas ou títulos do tesouro dos Estados Unidos, os famosos treasuries. Esses recursos, ao serem trazidos de volta ao Japão, ou seja, repatriados, poderiam ser usados para comprar a dívida pública japonesa e ajudar a financiar o déficit do país. Esse tipo de estratégia pode servir de exemplo para outros países, especialmente em um momento como o atual, marcado por tensões comerciais, guerra tarifária e tentativas de desvalorizar o dólar. Ou seja, essa repatriação de capital faz sentido, não só porque o governo americano gostaria de menos capital estrangeiro no país para tentar reduzir o déficit comercial, mas também porque países como o Japão precisam dessa grana de volta para lidar com seus próprios problemas internos. Estamos vivendo um momento em que países com grandes dívidas podem acabar tomando medidas como essa, vender ativos que possuem fora e trazer o dinheiro de volta. E o que acontece quando isso ocorre? Os ativos desses países no exterior podem ser afetados negativamente. Muita gente não percebe, mas os países desenvolvidos têm grandes quantias investidas na economia americana. Um exemplo, segundo uma notícia recente do Financial Times, o maior fundo de pensão do Canadá tem quase 50% dos seus investimentos nos Estados Unidos. Isso mostra enorme ligação entre os países e o quanto uma mudança nesses fluxos de investimento pode afetar ativos no mundo todo. No fim das contas, essa guerra comercial também é uma guerra de capitais. é o chamado nacionalismo comercial, que acaba virando um nacionalismo financeiro. Enquanto o presidente Donald Trump quer afastar o capital estrangeiro dos Estados Unidos para reduzir o déficit comercial, países como o Japão podem se antecipar e começar a repatriar o dinheiro que tem nos Estados Unidos para pagar suas próprias dívidas e manter o governo funcionando. E outros países endividados podem seguir o mesmo caminho. Por tudo isso, o Japão é visto como uma bomba relógio silenciosa, uma bolha que nunca estourou completamente, um experimento econômico em câmera lenta, um gigante que ainda sustenta parte da estrutura financeira mundial, mas com os pés afundados em dívida. E se um dia esse castelo começar a ruir, o mundo vai descobrir da forma mais dolorosa, porque o Japão não era apenas um problema local, mas a verdadeira mãe de todas as bolhas. Se você gostou do vídeo, compartilhe, se inscreva no canal e faça parte da nossa comunidade. E agora te convido a assistir o que a Rússia fez para evoluir nesses últimos 25 anos. Te espero lá. M.
O Japão, que já foi símbolo de inovação e crescimento econômico acelerado, hoje enfrenta uma dura realidade: décadas de estagnação. Mas o que realmente está acontecendo com a terceira maior economia do mundo?
Neste vídeo, você vai entender:
Por que o Japão parou de crescer?
O impacto da dívida pública, envelhecimento da população e deflação.
Como o país está tentando sair desse ciclo estagnado.
E o que isso significa para o futuro da economia global.
Será que o Japão está condenado a ficar “preso no tempo”? Ou ainda há saída?
Assista até o fim para descobrir os bastidores dessa crise silenciosa.
📉💴🌏
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7 Comments
Cara na real, o Japão está por um fiu, acho que nao demora muito para ele colapsar de fato o mundo…
De fato estamos vendo essa queda lentamente que muito em breve vai arrastar uma parte do mundo junto com o Japão.
O que o Japão pode fazer em parte é administrar sua divida trocando de mão a sua dívida já que boa parte é interna. Administrar isto. Como é um país com muito crédito externo, pode até ser que a solução do problema interno cause mais outros pelo mundo, inclusive no próprio país. Como seria se tivesse uma moeda mais forte ainda?
O Japão deveria deixar de lado o orgulho estúpido e se aliar a China, Coreias e a Rússioa Oriente, onde poderia ter tudo que precisa….
Video impreciso, nenhuma bolha estourou nos anos 90, o que freou o crescimento do Japão foi a imposição do Acordo do Plaza pelos EUA que temiam ser ultrapassados pelo Japão, não tem nenhum acaso ou acidente aí, a década perdida foi um plano muito bem sucedido por quem arquitetou, o império contra seu vassalo.
Esse vai ser o golpe do Japão nos EUA, o colapso do atual sistema financeiro atual onde a hegemonia ameriacana vai acabar.
O Japão está perdendo o posto de potência para a Alemanha e Índia, desde 1960 acordo pos guerra durante todo esse tempo o Japão foi um pilar/escravo para economia americana, como a economia do EUA está estagnado o Japão está acordando e mudando suas políticas diplomáticas com os americanos, a mais de 50 anos o Japão sempre dependeu dos EUA, o Japão vai se desprender do dólar pagar sua divida publica com os EUA e tentar o mercado multilateral com outros países visando sua moeda local.