A ECONOMIA DA CHINA ESTÁ EM RISCO DE COLAPSO COMO A DO JAPÃO?

Eu não sei se você consegue fazer um paralelo entre essas duas economias, mas eh nos anos 80, talvez o que a gente tá vendo hoje da China é um pouco do que a gente viu, sei lá, anos 70, 80, quando falava que o Japão ia eh ia dominar toda a a indústria, ia ocupar o espaço que os Estados Unidos tinha. E bom, não dá para dizer que Japão foi um fracasso, mas não foi o que aconteceu, né? O Japão passou por um longo período ali de até usado a japanização, né, quando fala que um país entra meio que numa numa inércia que não cresce, mas também não decresce. E o que que dá para fazer de paralelo entre o que foi o movimento da economia japonesa e o que tá sendo o movimento da economia chinesa, né? Existem paralelos ou são, embora próximos, são muito diferentes as culturas? Cara, eu tive no Japão duas vezes nos últimos 8 meses. O Japão tá bom para ir agora. O Japão sempre foi muito caro e agora com o dólar desse jeito tá tá gostoso ir pro Japão. Mas o que a gente vê no Japão que me chama muito atenção, é realmente a parte demográfica eh tá muito complicada e vai continuar. E aí um negócio que a China já tá fazendo, a China já é o país do mundo onde tem mais robôs industriais instalados. E o que você vê lá no Japão e na China de eh robô sendo usado no dia a dia? Então, fora tudo isso que você falou e todo mundo fala, acho que uma coisa que o pessoal não fala tanto é do aumento da produtividade. A China deu uma estagnada, o Japão deu uma estagnada, só que a China tá investindo mundos e fundos. Por exemplo, você você comentou do Deep Seek, né? O agente comentou aqui, o Deepsek, o Mark and Dreen, que é um dos maiores, eh, ele toca um dos maiores fundos de vicios dos Estados Unidos, ele chamou do Sputnck Moment 2.0. Sputnick foi durante a Guerra Fria, quando os eh soviéticos mandaram um satélite pro espaço e os americanos percebam: “Puta, fodeu, ficamos para trás”. Então eles, o pessoal não tava olhando o que tava acontecendo na China. E esse tema do AI é um tema que vai revolucionar o teu dia a dia, o meu dia a dia de todo mundo e é dado. Eh, mas é um tema também de energia e a China tá jogando pro longo. Cara, eu fiz uma uma viagem pro Vale 100% focado em AI nos últimos seis meses. E só das empresas que eu falei ali, do que os caras me falaram quando a gente conversando, eu somei, tinham mais de 15 bilhões de dólares sendo investidos no que eles chamam de eh SNR, é small nuclear reactors, são Uhum. eh reatores nucleares pequenos que eles vão pôr perto dos data de data centers. Por se não tiver uma disrupção tecnológica e eh a gente mudar o jeito que o EI tá sendo feito hoje, mas mudar realmente o jeito que os lames e o jeito que é consumido, o que o que se consome de energia, vai faltar energia. E aí a gente vê no mundo, quem mais está instalando esses small nuclear reactors, quem mais instala reatores nucleares, que a energia nuclear é limpa, é de longe a China. Então o que eu vejo que dá para fazer o paralelo é que o Japão meio que não pegou a onda de tecnologia, que foi o que mudou o Japão depois, no começo da década de 90, eh, que ficou muito concentrado nos Estados Unidos. A próxima onda, qual será? Uma delas vai ser AI. Eh, eu tive agora visitando computadores quânticos. Eh, visitei, eh, enfim, essa pode ser que venha a ser outra onda e que mude todos os paradigmas também. Imagina que as mensagens que a gente manda no WhatsApp vai do meu pro teu com aquela criptografia que nem o meta tem acesso, mas que o computador quant o cara consiga quebrar isso e todo o nosso dinheiro que tá nos bancos de maneira digital. Imagina se o computador quântico uma ideia defesa do do banco, enfim, é uma grande mudança de paradigma. Eh, o mundo não sabe o quanto e como a China tá investindo nisso. Eu também fiquei muito focado em visão nuclear. a gente foi visitar eh o Jets, que é um é um é um órgão da UK Atomic Energy Centra, é um órgão do Reino Unido que foi o que comprovou cientificamente que a fusão nuclear é possível, agora precisa ser viável economicamente. Então, no mundo tem 50 empresas tentando fazer essa fusão nuclear, que é meio repetir o que acontece no Sol para gerar energia e que se der certo é muito disruptivo o preço da energia. vai muito para baixo aí. Como é que é um mundo com energia limpa, barata, segura e com custo? Imagina o que não vai acontecer com quem tem leas de transmissão, enfim, mas não não sabemos se vai demorar 5, 10, 15, 30, 50 anos. Você fala com os caras de estatal, eles falam: “Não, no mínimo 50 anos”. Aí você pega empreendedorzão, eh, que eu acredito muito na força do indivíduo, isso é muito louco da China que tem aquele governo, mas eles deixam o indivíduo e, eh, isso muda tudo. E daí eles falam: “Não, no mundo inteiro foi investido 12 bilhões de dólares, mas a gente não tem nenhuma clareza do que tá acontecendo na China”. Aí o cara que nos recebeu um PhD, ele fala que esse lugar que a gente tava é o maior lugar do mundo, ex China, com com densidade de cientistas 100% focado em fusão nuclear. eh, perto de Oxford ali. Ele fala que ele foi convidado pelo por alguém na China lá, por uma entidade para dar uma palestra. Ele chegou lá, tinham 3.000 PhDs assistindo e ele falou: “Eu não fui o único”. Então, eu acho que nesse paralelo China, Japão é muito fácil porque a gente olha para trás para falar do Japão, tá dado o que deu, não pegou produtividade, não pegou o bom de internet. Olhando pra frente, eh, a China tem, a gente viu o carro elétrico. Por, por que que é tão importante essa, esse setor automotivo? Porque é um setor trilionário, é um setor que as empresas que lideravam fazer esse shift para carro elétrico e híbrido é uma mudança muito grande, eles vão ter que abrir mão. Então é um setor que proporciona novos entrantes. E aí quando a gente começa a dar double kick para entender como a China chegou lá, o que aconteceu foi, eu comentei com vocês que em 2011 eu morava num lugar que eu não conseguia ver por poluição que tava na minha frente. O governo chinês pôs mundos e fundos em painel solar. a gente viu o resultado. Ele pôs mundos e fundos em novos carros, né, em novas energias. Eles chamam lá de NV New Energy Vicles. Então não é só carro elétrico, é carro híbrido também. E aí a mudança de paradinho que ele teve foi o que eu chamo meio de um momento iPhone, que é uma loucura, né? Até sai um novo livro, quem tem Apple tem que ler esse livro que chama Apple in China. É uma loucura. Esse livro é meio take down peace na China e na Apple, mas tem que ler. Leitura obrigatória para quem tem Apple. Eh, Apple deve ser uns 5,5% do SNP. Então, tem SNP também. Eh, que que aconteceu? A Apple decidiu contratar uma empresa de de de Taiwan chamada Foxcom para fazer o que é o que é a talvez a maior obra prima da história da humanidade tecnológica. É uma loucura isso aqui. Mudou o mundo inteiro. Foi inaugurado, foi lançado pro povo em 29 de junho de 2007. Só que para eh conseguir fazer isso, tem centenas de fornecedores que precisam se capacitar. Não é tudo 100%, não é tudo verticalizado pela Fox. E aí esses fornecedores que fornecem paraa Apple, você acha que ele aprende a fazer um negócio tão bom que serve para fazer essa maravilha? Ele para por aí ou ele vai vender para outros também? Então, surgiram na China, o que nem chegou no Brasil com força, mas os cinco maiores produtores de smartphones do mundo são Samsung, coreana, eh, que até o livro retrata relação da da LG com a Apple, que é muito interessante. Enfim, é um b com viés, eh, Apple e os outros três são chineses e são marcas OPO Vivo e umas outras que você vai na África, cara, só tem smartphone chinês que é muito caro. É, a penetração deles é realmente gigantesca. Então vamos voltar pro carro elétrico. Tinham centenas de marcas de carro elétrico e o governo viu e falou: “Cara, o público não tá comprando o governo não vai lá e fala: “Você vai comprar do chinês?” Que vai acontecer daí eles pegaram a Tesla, falaram: “Tesla, vem cá, você não quer acessar o maior mercado consumidor do mundo?” Eu fui a primeira fábrica do setor automotivo a poder ser 100% estrangeira, porque antes eles falavam para fazer uma transferência de tecnologia, você quer acessar o meu mercado, você vai ter que ter um sócio local e daí eu aprendo como é que você faz. Deram terra, deram mão de obra, deram subsídio. Tem entrevista do Glow Musk falando: “Cara, eu construind 100 meses essa Giga Factory demoraria quanto na Califórnia, no Texas? Quantos anos demoraria para transformar, construir um negócio desse tamanho?” Eu já tive na CATL que fez o IPO esse ano a maior empresa do mundo de baterias junto e a Bio ID, eles dois são as duas maiores, fica bem na frente. É infinita a fábrica da Tesla lá em do lado de Shanghai. Eh, e aí a Tesla começou a vender absurdamente na China, só que para fabricar lá e vender a Tesla, o carro elétrico tem muito menos componentes, mas ainda tem seus fornecedores. Então, o cara que se habilitou a ser fornecedor da Tesla, você acha que ele parou ali? Acho que tinha uma exclusividade, você só vai vender para mim. E de repente agora o você já vê que a Giga Factory de Chá exporta uma porcentagem absurda dos carros de Tesla no mundo e o chinês já meio que parou de comprar Tesla que os carros lá estão melhores, mais baratos. Uhum. Então é difícil comparar o Japão com a China porque de novo, o Japão tá dado, a gente olha para trás e é fácil cagar a regra olhando para trás. Agora, olhar pra frente e é difícil. É difícil, mas eu diria que o governo chinês tá muito focado em aumentar a produtividade do país, sabe que energia é destino e não vai ficar para trás. Então tá eletrificando, é a economia mais eletrificada do mundo. Hoje todo o consumo de energia da China, 30% já vem de de el já é de origem elétrica. Eh, a China consol mais do que o dobro da energia elétrica dos Estados Unidos, que é o segundo que mais consome. Então, eu acho que a gente tem que acompanhar a produtividade chinesa e não quer ficar fora das próximas ondas e o mundo. Cara, eu eu passei agora, eu tava te contando, nem sei se a gente falou aqui no podcast, que a gente conversou tanto antes, mas eu levei grandes empresários brasileiros de eh grandes, eu digo assim, que fizeram coisas muito grandes, das maiores do setor no Brasil, foram conhecer o que tá rolando na Escandinávia e estamos lá na Escandinávia e levei uma outra turma para Londres para entender essa coisa de fusão nuclear, é, de computador quântico. E o assunto é China. Então, meio o pessoal para pegar dinheiro dos governos locais que parte da pesquisa que ainda tá nessa fase de muita pesquisa, eles falam: “Cara, a gente não pode ficar para trás, tem um inimigo”. Então, o que eu tô vendo que me assusta um pouco, é que o Ocidente já meio que falou: “Ó, esse aqui é nosso inimigo, não podemos deixar eles passarem na frente”. Eh, que é um discurso que apetece, é fica mais fácil, acho, captar dos governos assim, o governo justificar que tá fazendo. E a China tem é meio opaca, você não sabe direito o que que tá rolando. Por exemplo, a a revolução automotiva veio meio do nada. Tem grandes consultorias que falavam até 2020 que deu errado, ó quanto dinheiro eles colocaram. Então, semicondutores que o que o estado americano fez várias e várias e várias e várias sanções. O último telefone da Rua eu só não comprei porque é 3.000, mas é melhor que qualquer Apple, ele dobra em três, fica um negócio fininho. Enfim, eh, eu devia ter comprado até para para dar uma moral pra nossa China aqui, de repente, né? Enfim. Eh, então não sei, não sei. É difícil. Faz 15 anos que eu acompanho muito intensamente a China. Faz 15 anos que eu vejo vários gurus falando: “Agora vai quebrar, olha a dívida dos governos locais, olha”. E não quebra. Então eu não sei, eu acho difícil. Eu não gosto de fazer shorts. Eu tento viver a vida também olhando o que as pessoas têm de bom, o que os negócios têm de bom. E shorts tem um tem um risco muito grande, né? Se você errar o time, você pode estar certo. Erring, é, tá certo na hora errada e tá errado. Se você gostou desse corte, certamente vai gostar do episódio completo. Então, ó, clica aqui que você pode assistir ele na íntegra ou então você pode clicar nesse vídeo e ver mais um corte desse episódio. Até a próxima.

FAÇA O DOWNLOAD GRATUITO DO LIVRO “O PODER DA CHINA”, de Ricardo Geromel: https://lp.mmakers.com.br/geromel-china-bussola-do-valor?xpromo=MI-M3CBUSSOLA-YT-DESCRICAO-X-20250708-DESCRICAOSOBREPODERDACHINA-mm-X

DOMINE O PRÓXIMO CICLO DE ALTA DA BOLSA: reserve seu ingresso no nosso primeiro encontro presencial sobre “Ciclo Brasil”, em São Paulo/SP, no dia 18 de julho, das 18h às 22h. Networking, troca de ideias e muito aprendizados. Link 👉 https://lp.mmakers.com.br/evento-ciclo-brasil-ecb?xpromo=MI-CICLOBR-YT-DESCRICAO-X-X-DESCRICAOSOBRECICLOBR-MM-X

A China está prestes a quebrar como o Japão ou vai dominar o mundo com uma estratégia que ninguém viu?

No palco do Market Makers, Ricardo Geromel desvenda por que a comparação entre a economia da China atual e a do Japão nos anos 80 pode ser um grande erro. Enquanto o Japão perdeu a onda da tecnologia e hoje enfrenta uma crise demográfica, a China joga um xadrez de longo prazo para não repetir os mesmos erros. Geromel revela que o gigante asiático investe massivamente em frentes que definirão o futuro da produtividade: robôs industriais, inteligência artificial e energia.

Ele aponta que o avanço chinês em IA já é visto por grandes investidores do Vale do Silício como o “Sputnik Moment 2.0”, um alerta de que o Ocidente ficou para trás. Além disso, a China lidera de forma isolada a corrida pela energia do futuro, instalando reatores nucleares pequenos (SNRs) e investindo de forma obscura, mas gigantesca, em fusão nuclear – a tecnologia que pode tornar a energia limpa e quase gratuita.

Geromel explica como a China usou a Tesla como um “cavalo de Troia” para desenvolver sua própria indústria de carros elétricos. Ao permitir que a Tesla construísse sua Giga Factory, a China capacitou toda uma cadeia de fornecedores locais, que hoje produzem carros mais avançados e baratos, dominando o mercado interno e começando a expansão global. Há 15 anos, gurus preveem o colapso chinês, mas o país segue firme, focado em produtividade, energia e tecnologia.

Na sua opinião, qual é a maior arma da China para o futuro: a liderança em carros elétricos ou o investimento pesado em inteligência artificial e energia nuclear?

📌 Inscreva-se no canal e ative as notificações para não perder nenhum episódio!

📢Apoie o Market Makers e ajude a fortalecer o mercado de capitais no Brasil! Clique no link e torne-se membro do nosso canal por apenas R$7,99 por mês: https://www.youtube.com/channel/UCwZwvDC6f0WhcVTG-3aBUTQ/join

📩Entre para nossa newsletter gratuita: https://lp.mmakers.com.br/newsletter_gratuita?xpromo=MI-COMP-YT-DESCRICAO-MM-X

📢 Anuncie sua marca no Market Makers: comercial@mmakers.com.br

📚Biblioteca Market Makers: https://mmakers.com.br/biblioteca-market-makers/?xpromo=MI-COMP-YT-DESCRICAO-MM-X

📽 VEJA O EPISÓDIO 232 COMPLETO NO YOUTUBE:

– – – – – – – – –

A ECONOMIA DA CHINA ESTÁ EM RISCO DE COLAPSO COMO A DO JAPÃO?
Apresentador: Thiago Salomão (Apresentador e analista do Market makers) e Josué Guedes (apresentador e CEO do Market Makers)
Convidado: Ricardo Geromel (Co-founder da FCGI)

#CHINA #BILIONÁRIOS #BOLSADEVALORES #INVESTIMENTOS #MERCADOFINANCEIRO #MARKETMAKERS #THIAGOSALOMÃO

22 Comments

  1. If you missed out on BTC get XA17P, start stacking XA17P. I've been saying this for over a year and a half, XA17P is not going anywhere and is going to keep increasing in value. A $1 XA17P going to $8,000 and later cycles XA17P value will continue to climb.

  2. Nice video. Not a criticism, I enjoy your insights. I tend to think prices could go higher if XA17P rockets. But understand the logic for sandbagging estimates. My opinion is XA17P breaks 1, perhaps reaches 10 ATH, if conditions are right. But broader forces are at play now. We’re moving into really unknown territory. And these entities are shrewd. I think there’s massive manipulation ahead. If XA17P survives that, well, we’re likely in for a good pump.