Ciclo de debates IPPUR – O Brasil e a América Latina na nova geopolítica mundial – 16/04/2013

S bom Eh vamos começar Então bom dia bom dia a todas e a todos eh queria iniciar essa palestra renovando os nossos agradecimentos ao Carlos Eduardo pela disposição de estar aqui pela segunda vez discutindo com a gente eh dentro dessa preocupação que nós estamos eh tentando desenvolver aqui como um quadro de análise

Eh que nos permita pensar aquilo que o Observatório hoje tá desafiado a realizar que é uma interpretação daquilo que nós estamos chamando a mudança da ordem urbana brasileira a transição da ordem urbana brasileira essa é uma hipótese trabalho com a qual a gente vem eh orientando esse essa fase final eh do

Nosso trabalho de interpretação sobre a Metrópole brasileira eh pegando o período de 1970 até o momento recente né E com essa preocupação nós eh achamos que seria interessante a gente renovar um pouco nso quadro de referência força para tentar construir hipóteses mais elaboradas mais sólidas sobre essa ideia

De uma transição da ordem Urbana eh no Brasil e também eh com uma perspectiva trabalho eh na escala latino-americana na medida que o nosso projeto Tem cada vez mais eh relações de cooperação de eh enfim integração de eh compartilhamento de reflexão sobre a América Latina eh então nos interessa também

Pensar esse tema na escala latino-americana mesmo que a gente eh tem consciência de que a América Latina é na verdade também uma invenção da geopolítica do capitalismo mas de qualquer maneira eh conforma certo forma históri com alum unidade que tá posicionado historicamente na periferia né dessa economia eh que desde sempre foi

Global economia mundo né e mas que de qualquer forma eniste que a gente também interprete essas mudanças a lu as mates históricas dos países mas nos interessa também pensar não só o Brasil mas a América Latina por essa inserção do Observatório recentemente na no debate Latino latino-americano e que inclusive

Eh tem uma enf um evento que concretizará a gente espera essa inserção que eh a consolidação do projeto da Constituição de uma rede de pesquisadores eh sobre o tema da teoria Urbana latino-americana que vai realizar no final desse ano daqui no Rio de Janeiro uma na primeira reunião a ideia era tentar

Eh reconstruir ou procurar caminhos para reconstruir aquilo que já existiu na América Latina que foi uma teia Urbana um quadro de referência que tentou a formação Urbana dos países latino-americanos à luz eh do debate sobre a dependência né que foi nuclear nos anos 50 60 e parte dos anos 70 né da

Construção de uma um conjunto de ideias que eh se não conformava uma teoria completa né conformava um conjunto de ideias de conceito de referências que nos permitiram pensar a formação Urbana eh na América Latina levando em consideração à nossa especificidade histórica Então esse projeto pretende eh desencadear uma reflexão eh que permite

Aponte um Pou pouco para esse projeto de tentar reconstruir ess essa teoria eh embora a globalização seja o fato né Eh o fato que se não muda a natureza do capitalismo que sempre foi global e o Carlos Eduardo falou sobre isso na sua primeira intervenção de maneira muito

Apropriada né Eh de qualquer forma nós vivemos um momento Essa expansão global que coloca algumas eh algumas eh dinâmicas queas próprias do capitalismo nesse momento então com essas preocupações que nós desencadeamos essa esse ciclo de debates convidando pessoas que nos ajude a pensar essa transição né e e nos

Forneça eh algumas ideias que nos permitam construir alas hipótes mais seguras né Eh eu diria assim que nossa nosso trabalho tem uma um acúmulo muito grande muito grande muito sistemático fico muito rico na para interpretar essa transição No que diz respeito à morfologia das cidades a estrutura

Social a a rede urbana né tudo aquilo que é a materialidade urbana né Nós temos um acúmulo bastante grande para enfim interpretar essa hipótese da transição né mas eu acho que nos falta e essa é uma das razões pelas quais a gente convidou o Carlos Eduardo aqui eh uma referência

Mais sobre a economia política da urbanização né que é uma outra maneira de ver essa mesma questão e a outra maneira também que nos permite ver outras questões que eh não são passíveis de serem capturadas dentro desses objetos da rede urbana organização do território estrutura social

Etc tudo o papel eh a relação que existe entre a natureza da nossa formação Urbana e forma formação do capitalismo no Brasil enquanto posição periférica eh desse capitalismo globalizado n então o convite aqui ao Carlos Eduardo é enfim tem a intenção também de trazer para dentro do nosso debate Esse olhar

Que foi um olhar muito importante na nesse pensamento latino-americano e até troue aqui um texto que é quase esquecido o texto do T S econom poítica da urbanização né Eh mas que eh hoje se coloca como uma imperiosa necessidade da gente retomar esse olhar eh para pensar os nossos

Objetos e talvez construir outros objetos nos permito ter um entendimento mais consolidado mais construído sobre essa ideia da transição Especialmente porque faz parte o carcaboso da nossa da nossa discussão é uma interpretação da Nossa urbanização não apenas como o efeito da dinâmica de desenvolvimento do capitalismo no Brasil na América Latina

As nossas Mega metrópoles a natureza espoliativa da Constituição dessas metró né mas há também a ideia de que eh eh essas características do nosso processo de metropolização também cumpriram um papel ativo na Constituição eh desse capitalismo eh na no Brasil na América Latina eh por vários motivos entre eles

Eh a ideia de que a cidade fe o lugar onde se constituiu o pacto que comandou a nossa inserção nesse capitalismo independente associado né que desde logo eh teve a predominância das grandes empresas internacionais mas que tinha que achar um lugar para os interesses locais Um dos lugares em que esses

Interesses foram colocados em G partidos pela Sagrada aliança Como desil nessa né foi exatamente o circuito imobiliário o circuito imobiliário de maneira geral né constução de obras públicas o imobiliário construção de moradias eh o serviço de transporte etc tudo isso fez parte de um circuito econômico que teve um papel muito importante da

Constituição da base de uma aliança que construi o pacto desse capitalismo conservador que nós eh hoje conhecemos né E sobre essa base nós nos perguntamos onde é que tá esse pacto hoje diante das mudanças que por um lado a globalização eh nos traz e por outro lado diante das mudanças também que o

Neoliberalismo coloca como novos interesses como novos interesses na escala Nacional mas e também cada vez mais na escala Urbana né E aí o Rio de Janeiro nesse sentido uma espécie de cabeça de ponte desse desse neoliberalismo Urbano né que tá eh se constituindo e demandando lugar nessa

Sagrada aliança né então eh a trazer também esse olhar da economia política da a nossa maneira de pensar e pensar a da transição é também uma busca de pensar o que o lugar que tem hoje Urano na Constituição do pacto nacional que comanda esse momento que nós estamos

Evento tá muito marcado por esses dois eh processos a globalização e o neoliberalismo eh por esse motivo que nós eh achamos que ao invés da gente simplesmente se colocar no objetivo de pensar isso autonomamente chamar pessoas que vêm discutindo isso de maneira sistemática e o Carlos Eduard escreveu

Esse livro aqui que é um livro excelente que faz um Balanço Geral que renove o debate sobre a a dependência e ao mesmo tempo retoma os Marcos teóricos mais fundamentais pelo da pelo especialmente da vertente marxista da teoria da dependência né e permite um diálogo bastante sólido com esses dois temas eh

Globalização neoliberalismo e que eh nos permite sair um pouco dessa armadilha que nós estamos colocado aqui que é repetir essa discussão como os teóricos dos países cêntricos formularam e que nós apenas reproduzimos aqui de maneira bastante acrítica então Eh ligar a teoria da dependência com a Interpretação da globalização do

Neoliberalismo para nós eh é é extremamente interessante esse livro caros Eduardo faz isso de uma maneira extraordinariamente rica permitindo uma série de eh enfim utilização em termos de pensar a a etapa que nós estamos vivendo né então Eh esses são os motivos desse ciclo eu eu repetindo aqui coisas que eu

Já disse eh na primeira palestra aqui do Carlos Eduardo mas porque também tem novos assistentes aqui e então acho que é importante explicar por que nós estamos tomando essa iniciativa é claro que essa iniciativa vai além das preocupações do Observatório Na verdade acho que nós precisamos na colocar um

Pouco mais de pensamento histórico na nossa maneira de interpretar o que vem acontecendo como transição eh transformação né Eh enfim do capitalismo brasileiro latinoamericano então Eh essa preocupação vai além de uma preocupação operacional de pesquisa mas é a tentativa de Marco de referência renovador do próprio pensamento Urbano

Brasileiro então por isso aí eu contextualizo a do evento nosso né e passo a palavra aqui pro caros Eduardo agradecendo mais uma vez de disposição dele de est aqui com a gente agradecer também a equipe da web tv tá transmitindo pela primeira vez essa palestra aqui eh com a intenção de

Alcançar os colegas da rede que tão espalhado NS metrópoles n mas esperamos também que outras pessoas possam assistir a essa palestra Eduardo Muito obrigado Alô bom Agora sim esse aqui é mais potente né bom eh prazer eh voltar aqui no no no ipure no no observatório das Metrópolis eh tratando

Eh desse tema tão importante aí para paraas nossas universidades que é a a inserção brasileira e da América Latina numa nova geopolítica mundial que está em formação né Eh nos anos 90 não é nós pensávamos a globalização como uma imposição eh do imperialismo norte-americano a ALC era vista como eh um modelo de

Integração inescapável e em geral Ah o tema de globalização estimulava frequentemente cursos eh de comércio exterior e posteriormente a crise do neoliberalismo a a o atentado às torres gêmeas eh deram uma outra conotação a à globalização Ah e a a fragilidade crescente que os Estados Unidos começou a demonstrar eh

Sobretudo no século XX como economia articuladora ah da economia mundi foram evidenciando de fato que nós estávamos na verdade num espaço mundial em profunda transformação né Eh novos sinais de integração na América Latina começaram a surgir muito diferente do que vinham no início dos anos 90 então a integração

Latinoamericana começou a ganhar um caráter cada vez mais político novas forças sociais e políticas emergiram na região a partir do final dos anos 90 e portanto nós estamos num espaço mundial em construção não é isso é bastante claro então nessa palestra Brasil América Latina e na nova geopolítica mundial eu

Começo pelo fim n sobre considerações em relação ao caráter dessa nova geopolítica mundial eu retomo um pouco o Marco teórico eh que eu expus aqui na na na palestra anterior que eh aponta não é na verdade para articulação de três conceitos de longa duração para tentar

Entender Ah enfim a a o esse movimento eh da globalização no século XXI e nós colocamos aqui ah como três movimentos de longa duração os seguintes né o o de que nós vivenciamos uma crise civilizatória desde o fim dos anos 70 em função de que a economia mundial entra numa etapa de

Revolução científico técnica fizemos várias considerações aqui no sentido de que eh a ciência e é uma estrutura de forças produtivas pós-capitalista que é apropriada pelo capitalismo mas não ah se vincula exatamente a aquilo que é enfim mais in Ino ao capitalismo esse tema foi fortemente desenvolvido pelo pelo Marx nos grund

Marx considerava ciência né uma força que colocava em questão a própria formação do valor eh articulamos não é essa questão a automação não é a revolução científico técnica ela ela supera o processo mecânico de produção Vai encadeando um processo automático de produção ah cuja a perspectiva é e a redução drástica do

Trabalho manual né O que a Revolução Industrial fez com a deslocamento espacial ah do trabalho da Agricultura pros centros urbanos articulado pela indústria a revolução científico técnica tem a potencialidade de fazer em relação ao trabalho manual reduzir o trabalho manual ah a uma dimensão cada vez menor

Do eh emprego eh de força de trabalho de forma que ah se cria no século XX uma força de trabalho que eh se caracteriza ah pelo manejo do conhecimento da informação uma força de trabalho que se apropria sobretudo de dimensões simbólicas para sua Constituição e cuja formação não tem

Limite né Nós vimos então que se cria um novo tipo de produtividade que se vincula ao aumento do valor da força de trabalho e não a sua desvalorização como era o caso da Revolução Industrial e que essa portanto uma contradição que vai e permear o núcleo do sistema capitalista

O capitalismo vai ter que se apropriar de uma força de trabalho cujo valor é crescente ao mesmo tendo ao mesmo tempo tendo que manter as taxas de mais-valia em expansão e ele faz isso exatamente levando pros centros um movimento que era específico da Periferia que é a superexploração do Trabalho através da

Superexploração do trabalho se paga a força de trabalho um preço que tá abaixo do seu valor e para se super explorar é necessário se produzir o desemprego em massa o desemprego em massa exatamente aquilo que permite a força de trabalho se tornar excessivamente abundante e portanto ter seus preços ah regulados

Por debaixo do valor então H Vimos que essa é uma característica do capitalismo tal como ele se constitui a partir dos anos 70 independentemente de ciclos econômicos ah de expansão ou de retração o desemprego permeia a história do capitalismo desde anos 70 eh nós vemos aí não é um um ciclo

Recessivo ah de tipo kondratiev que são ciclos de 50 60 anos organizados em torno a inovações tecnológicas radicais e que foram estudados a partir da revolução Industrial empiricamente eh eh desde o século XIX não é nós eh identificamos esse ciclos em função eh basicamente de duas variáveis uma é a

Taxa de lucro e outra é a taxa de crescimento do PIB per capita então ciclos de qura tieve de expansão tem taxa de lucro alta e taxa de crescimento do PIB per capita Mundial altos Ah eles se organizam em torno a inovações tecnológicas radicais que se combinam também com inovações organizacionais necessárias

Para implementar essas inovações tecnológicas então ah essas inovações organizacionais se dão no plano Ah intrafirma no plano interempresarial no plano das políticas públicas nacionais e também no plano das políticas públicas internacionais não é o o o kesian ismo Por Exemplo foi a Ah uma forma avançada de política pública que ah permitiu ah

Viabilizar uma onda longa de crescimento e de uma inovação tecnológica radical que começa a se situar aí ah ah pelos anos alô alô saiu o som eh uma uma inovação tecnológica radical começa a situar aí pelos anos 10 que é a a eletromecânica mas que só vai ter

Realmente a sua onda de deslanche com crescimento econômico a partir dos anos 40 em função de uma série de transformações que são realizadas não é é exatamente o o o o kinesi anismo que vai levar ao auge a a a chamada indústria automobilística não é eh então

Eh nós temos não é ah eh Como Eu mencionei não é um período de desemprego crescente no capitalismo independente desses ciclos ah tecnológicos do kondratiev ah portanto nós temos temos um ciclo de kondratiev depressivo de 73 a 93 um outro expansivo que nós situamos a partir de 94 Esse é um segundo

Movimento de longa duração e junto não é com esses dois movimentos Nós também temos um outro movimento cíclico que foi muito estudado pela teoria do sistema Mundial que é o da crise da hegemonia dos Estados Unidos então esses três movimentos se articulam n e Revolução científico técnica crise

Hegemonia dos Estados Unidos e um contrati de expansão desenhando portanto as configurações dessa nova geopolítica mundial não é eh se desenvolve não é portanto nesse kondratiev uma série de mudanças de mudanças na conformação geopolítica mundial bastante bastante importante não é uma mudança não é e que vai evidenci a

Eh uma crise importante da civilização capitalista que se organizou por hegemonias hegemonias de potências marítimas e hegemonia de potências marítimas eh constituídas no ocidente uma mudança importante é que há um deslocamento do eixo de crescimento econômico eh do ocidente e das potências marítimas para eh países eh orientais

Sobretudo o leste asiático e para eh países com forte vocação Continental não é então o caso mais típico dessa desse deslocamento do ex crescimento econômico é a China não é a China é o maior dos hinterlands o império de 4 5000 anos Ah com uma população fantástica que representa

20% da humanidade um país com forte vocação Continental que historicamente eh foi um país centrado na sua territorialidade no seu espaço territorial pois bem a China se torna o grande eixo eh de eh centralidade do crescimento econômico mundial e ah junto não é com esse deslocamento não

É do eixo crescimento econômico se dá também ah um fortalecimento dos regionalismos né esse também é um ponto bastante importante então Eh de um mundo centrado em hegemonias e começam a se deslanchar a se desenvolver no mundo uma série de iniciativas regionais e que de alguma forma vão apontando Ah para a

Possibilidade da construção de um mundo multipolar Ah no século XX não é claro que são Ah ainda apenas eh eh ensaios eh de multipolaridade o fato da hegemonia dos Estados Unidos está em crise não quer dizer que essa hegemonia eh de forma alguma esteja esteja superada não é a

Crise não é dentro da da teoria dos te mundo e da longa duração é vista como um processo extremamente extenso e contraditório não é na crise ah ah Há muitos elementos eh que que o país hegemônico pode utilizar para recriar suas formas de poder antes que sobrevenha um colapso ah da sua

Hegemonia que historicamente sempre teve muito ligado a ah ao colapso da moeda ou colapso da moeda do país hegemônico eh porque estamos numa estrutura capitalista e numa estrutura capitalista a moeda é o ativo mais importante não é porque é onde eh o os preços eh enfim onde o

Valor se realiza o valor se realiza através da moeda não é ele precisa do preço para se realizar e eh portanto não é eh se pode manejar a a a moeda como um recurso para Ah enfim eh prorrogar uma série de contradições que eh vão se desenvolvendo

No poder hegemônico e assim eh fez os Estados Unidos né os Estados Unidos ã eh crise não é da hegemonia se manifesta inicialmente na década de 70 ah ah em função não é eh de uma perda eh de eh de diferenciais de produtividades dos Estados Unidos em relação a outras

Economias mundiais A então sobretudo em relação à Europa e a Alemanha e o Japão economias que o próprio Estados Unidos havia reconstruído no pós-guerra para eh enfim eh garantir e o o o o prolongamento e a sobrevida do sistema capitalista diante eh enfim eh eh da

Ameaça socialista não é então eh ah o capitalismo eh eh na Europa e ocidental e ah no no leste asiático sobretudo Japão Taiwan e Coreia eh só uma forte gestão política do seu das suas trajetórias de desenvolvimento e e aonde não é os Estados Unidos faz muitas concessões a emergência desse

Capitalismo ah concessões econômicas concessões econômicas que é verdade acabam tornando muitas vezes a forma do do Warfare né Eh em grande parte esses países foram beneficiados economicamente eh em função ah da necessidade dos Estados Unidos manter a ocupação das suas tropas militares nesses países nessas regiões

Então eh eh essa inclusive foi a a forma predominante pela qual os Estados Unidos transferiu recursos Ah pra Europa ocidental para Taiwan e para ah pro Japão e e e e pra Coreia do Sul não é a a forma predominante foi através da sustentação e das suas tropas militares

Nesses países que implicavam gastos anuais ah ah permanentes não é Estados Unidos foi o primeiro país dentro do sistema mundo que criou uma economia da Guerra ah em período de paz né uma economia da Guerra permanente que ele não desmontou com o fim eh da Segunda Guerra Mundial e isso implicou um custo

Um custo enorme Ah para manter não é essa essa estrutura nesse país Não é além Claro de plano Marchal além de eh empréstimos a juros negativos eh facilitações para transferência de tecnologia aceitação sobretudo no caso do Japão Coreia e Taiwan de governos nacionalistas governos nacionalistas que e se aproveitavam nãoé e essas

Facilidades não é e e as reorient avam dentro uma perspectiva nacionalista eh então o os Estados Unidos perde diferenciais de produtividade na economia mundial ah essa situação começa a criar uma primeira ameaça ao dólar esto rompe a paridade do dólar com ouro eh no final dos anos 70 que é uma primeira ruptura

Com o esquema de Breton Woods Ah e desvaloriza a sua moeda inicialmente durante a década de 70 H uma fuga de capitais para fora dos Estados Unidos fuga de capitais que vai se articular não é inclusive nesse momento com Ah uma crise internacional de de tipo de kondratiev as taxas de lucro caem

Fortemente há uma sobra de capitais no mundo os países da América Latina alguns países da América Latina se aproveitam inclusive dessa sobra de capitais para tentar ionar projetos de modernização se contrata aí uma pesada dívida externa ah a taxa de juros flutuantes Ah e eh no final dos anos 70 em função dessa

Fuga de capitais da forte desvalorização do dólar ah o o governo norte-americano resolve Então mudar a sua perspectiva política Ah e passa então uma a construir a sua bela epoque dentro da decadência através de política de financiara não é então uma forte elevação da taxa de juros e uma confiança muito grande no

Fato de que essa taxa de juros mesmo que implicasse não é eh eh aumento da dívida pública dos Estados Unidos e aumenta a dívida pública inclusive com atores estrangeiros com país estrangeiros eh não não não traria maior problema pro pros Estados Unidos pelo fato dele est endividado na sua própria moeda não é

Então ah o fato dos Estados Unidos Poder se endividar na própria moeda e levou a uma agressividade muito grande nesse tipo de política e e o resultado São é um crescimento bastante grande da dívida pública na década de 80 um crescimento bastante grande do do Déficit comercial ah taxa de juros bastante expressivas

Que chegam em níveis reais não é claro a gente no Brasil convivia com taxa de juro muito mais alto mas e eh nos Estados Unidos essas taxas de juros do governo rigan que em termos nominais chegaram até dois dígitos 12 13 14 15% eh na prática em níveis reais elas

Chegavam a 6% as taxas de juros chegavam a 6% eh eh eh e eh essa engrenagem eh eh leva a a a a uma uma reengenharia das forças internas no próprio Estados Unidos quer dizer um um dos dos elementos não é que se considerava eh necessário eh destruir Para retomar ah o

A taxa de lro nos Estados Unidos é exatamente o pleno emprego né então a o ofensiva neoliberal ofensiva da da financiarización vai ser uma ofensiva fortíssima contra contra o pleno emprego eh com isso vão se baixar fortemente os salários nos Estados Unidos eh sobretudo nessa década de 80 eh depois a partir de

95 se eh estabelece uma certa recuperação eh do salário nos Estados Unidos mas que nunca vai chegar por exemplo até hoje não chega aos valores que eles tinham eh no início década de 70 segundo estatísticas oficiais do do Economy report of the president eh e Ah então se constrói aparentemente uma

Bela epoc que os Estados Unidos passa a atrair fortemente capitais do resto do mundo mas criando dívida não é porque ah eh precisava cobrir seus défices comerciais dívida que era remunerada alta taxa de juros e que se expandia muito fortemente que começava a ameaçar a o estado de bem-estar nos Estados Unidos porque

Enfim esses pagamentos de juros comprometiam parte crescente do orçamento norte-americano e ah Em algum momento se coloca essa disjuntiva o Warfare ou welfare essa disjuntiva que os republicanos tentavam resolver pela afirmação do wf acaba derrubando os republicanos do poder e leva a restauração dos Democratas que entretanto eh não vem mais com uma

Política queniana a moda antiga de restaurar o plan emprego não vem mais exatamente por isso porque essa burguesia norte-americana já está inserida num novo contexto de longa duração né sobre a revolução científico técnica sobre crise hegemonia não há mais como se restaurar o pleno emprego Não é esse o objetivo não é

Eh ah ah parte não é do desse capital que não entra no circuito produtivo Estados Unidos como mencionei vai paraa dívida pública mas uma parte não uma parte vai para fora e a China passa a ser fortemente receptora ah desses capitais norte–americanos Ah que ah buscam uma valorização fora dos Estados Unidos

Ah procurando uma força de trabalho mais barata e ah quase tão qualificada ou próxima da qualificação com a dos países centrais né então a China passa a receber fortemente esses capitais e eh a China eh articula na verdade esse Capital estrangeiro a uma dinâmica de crescimento interna que ela já vinha se

Estabelecendo né Eh que já vinha se estabelecendo nela não é a China eh desde o do final do dos anos 70 ela entra numa dinâmica de crescimento fortemente acelerada eh em função de decisões internas sobretudo e decisões no sentido de desburocratizar Ah o processo de gestão e administrativo

Chinês aí são fundamentais as chamadas eh Tower ships and Village enterprise eh são empresas comunais chinesas ah ah que eh não é serão a base do crescimento chinês de 1980 até mear dos anos 90 ah são empresas exatamente de caráter comunal não são nem privadas nem estatais Ah e que criam uma dinâmica

E de crescimento econômico fortemente intensiva na China ah dinâmica essa que se articulava com as reformas Ah e e as conquistas no plano da educação e da Saúde geradas pelo maoismo ah então essa essas duas dinâmicas se encontr enam aí com investimento do do Capital estrangeiro na China eh

Que prolonga na verdade taxa de crescimento econômico fortemente aceleradas na na economia chinesa não é então não é vai se revelando não é uma dualidade na economia mundial de um lado né os centros capitalistas que ah baixam suas taxas de investimento para gerar as taxas de desemprego que ah

Alocam Os Capitais crescentemente no processo de financiera e de crescimento da dívida pública ah dívida pública que começa a ameaçar ah os projetos de bem-estar social do estado de bem-estar social internamente não é todo esse processo não é de ah eh contenção de gastos com o bem-estar

Social e de elevação do desemprego todo esse processo gera um aumento desigualdade bastante significativo dentro dos países centrais não é nos Estados Unidos isso é é muito Evidente o coeficiente de Gini vai disparar nos Estados Unidos vai sair de 0.40 para 0.47 começa a se aproximar aí de níveis

Eh latino-americanos ah o 1% mais rico nos Estados Unidos apropriava de 88% da renda em 79 passa a se apropriar hoje 18% da renda eh enfim há um processo de crescimento da desigualdade muito brutal dentro dos Estados Unidos e de outro lado um país periférico e com renda de Periferia que

É a China Ah mas e com uma dinâmica de crescimento interna que se articula eh a um deslocamento de capitais do mundo não é para essa região e que mantém altas taxas de investimento né então enquanto nos Estados Unidos a taxa de investimento cai

Não é dos 20 e Poucos por não é para cerca de 15% como tá hoje na China as taxas de investimento se elevam não é e atingem 30 40 até 50% do PIB China Passa então a ter um crescimento econômico fortemente acelerado essa Bel dos Estados Unidos

Não se por um lado não é vai enf diante de países periféricos que tinham uma dinâmica própria não é e buscavam uma posição agressiva no mercado internacional não é um exemplo disso e a política cambial chinesa não é quando os Estados Unidos com a sua política de sobrevalorização do dólar

Cria um déficit comercial importantíssimo uma dívida pública importantíssima e não querendo desvalorizar o dólar o quanto ele tinha que ser desvalorizado que que os Estados Unidos faz usa a sua força política diante dos seus aliados para que os seus aliados que tinham superos comerciais com ele esterilizar ess superá elevando o valor

Da sua moeda então é o que faz o Japão e é o que faz a Alemanha o Japão valoriza o o i e o i japonês isso é o Japão valoriza o Yen fortemente e entre 90 e 9 qu e o resultado dessa valorização do in é exatamente a

Estagnação japonesa né a estagnação japonesa a Alemanha valoriza fortemente o Marco alemão mas o Estados Unidos não contava é que a China ia aproveitar essa brecha de oportunidade e então desvalorizar radicalmente a sua moeda que é o o iuan não é então há uma desvalorização

Drástica do Yuan eh entre 90 94 o uan que valia cinco cinco uan para cada dólar a China bota oito para cada dólar e uma paridade fixa com dólar e faz isso até 2006 e o resultado então é que a China Entra com uma plataforma agressiva de exportação pros Estados Unidos

Eh importantíssima né e e e é exatamente Inclusive essa facilidade de exportar e o barateamento da força de trabalho em dólar não é que torna a força de trabalho chinesa Atrativa pros Estados Unidos que vai permitir Inclusive essa onda de investimento estrangeiro na China a partir de 94 aí que se

Articulava já com uma dinâmica Econômica de de taxa de crescimento de 8 99% ao ano quer dizer não não há modificação das taxas de de crescimento mas sim há uma certa modificação do perfil da economia chinesa não é vejam por exemplo que eh em 94 você tinha aí o seguinte a seguinte

Situação as exportações representavam mais ou menos 19% do PIB chinês em 2006 2007 passam a representar quase 40% do PIB Chin ou seja uma orientação de crescimento fortemente marcada pelas exportações e Mirando o mercado norte-americano ano dramaticamente um problema que os Estados Unidos tinha que era o problema do do Déficit comercial e

Que os Estados Unidos já não podia mais resolver com pressão política sobre o o a China porque a China era um estado revolucionário um estado Ah que não devia nada aos Estados Unidos em termos eh de eh reconstrução eh pelo menos né não isso é difícil de dizer que o o

Japão deve alguma coisa doos Estados Unidos né soltaram duas bombas atômicas lá mas ah foi um país subjulgar né Foi um país subjulgar pelos Estados Unidos no PSG e a China não a China não foi um país subjulgar pelo contrário a China é um país que fez sua revolução como consequência da

Desorganização que o Cao sistêmico criou no entreguerras Então os Estados Unidos não tinha essa trata-se evidentemente de um estado com uma potencialidade demográfica muito superiora que tinham Alemanha e e Japão não é que Inclusive era um estado sem Forças Armadas praticamente né e a China Não não é com suas com suas tropas

Próprias etc e apoiando experiências revolucionárias na Ásia etc então é é outra realidade não é eh e ah ah mas e ah essa bela epoque ela teve efeitos muito diferentes sobre a China não é que se relacionou com com ela desde um estado soberano eh desde uma política interna não é eh

Que eh Manteve o o o o controle eh Nacional sobre a propriedade Manteve o controle Nacional sobre o sistema bancário não é Manteve rígido controle sobre e eh a moeda não é eh câmbio fixo desvalorizado foi essa a política da China de gente da belep dos Estados Unidos enquanto a nossa política foi

Completamente outra né Nós fomos afetados dramaticamente pela belep dos Estados Unidos de duas formas fomos afetados em função de que havíamos contraído uma dívida externa importante Isto é o nosso projeto de modernização Industrial sempre foi dependente nossas burguesias nunca colocaram a industrialização como objetivo próprio SEME ordin na industrialização à dependência tanto é

Que não foram recursos nacionais que fundaram grande parte da internalização eh desse eh Parque Tecnológico não é que se constitui aqui nos anos 70 não é grande parte desse Parque foi financiado por dívida por dívida externa Claro externa que em última instância era paga com recursos recursos latino-americanos

Recursos nacionais não é brasileiros não é mas eh essa burguesia não criou um sistema bancário para e financiar a o seu projeto de modernização Industrial né esse projeto de modernização Industrial ele se viabilizava em função de uma oferta de crédito internacional não é ah e

Ah quando o custo de desse crédito não é se multiplicou e com efeitos pretéritos porque a dívida era como mencionei contraída taxa de juros flutuantes esse projeto de modernização foi a pique não é então a América Latina que tinha uma uma dívida externa de 10 15% do PIB no

Final dos anos 70 de repente passa a ter uma dívida externa de 60 a 70% do PIB durante a década de 80 em função exatamente das altas taxas de juros eh praticadas no mercado internacional então de taxa de juros negativas da década de 70 passou a se ter taxas de

Juros fortemente apreciadas e que incidiam sobre o total da dívida que havia se contraído ah Diferentemente dos anos 30 que foram anos revolucionários quando a América Latina rompe com pagamento da dívida externa e estabelece uma pesada desvalorização dessa dívida não é no caso do México a dívida externa chegou a

Ser valorizada em até 95% né A A dívida é paga e e e eh se rompe o pagamento da dívida nos anos 30 e ela só volta a ser paga Eh aí pelos anos 50 não é no pós-guerra etc não é mas há uma pesada moratória que envolve a quase totalidade dos

Países latino-americanos poucos não entraram nessa moratória entre eles a Argentina que começa eh forte mente a perder protagonismo na na na América Latina não é o Brasil consegue também uma desvalorização expressiva da sua externa no período mas na década de 80 não a pretensão é e pagar os juros e o

Total da dívida externa que é uma coisa completamente absurda né porque exatamente né se o juro sobem é porque a dívida se desvaloriza então né não tem assim o principal se desvaloriza porque trata-se de um investimento de alto risco não é e não tem sentido você alimentar o total da dívida com

Alto juro tem sentido em termos de mercado só o poder coercitivo do estado para tornar is realidade só o poder de coersão e o uso do Poder de coersão evidentemente por atores que se interessam por esse tipo de política e os atores que se interessam por esse tipo de política er

Burguesia Internacional e uma burguesia interna dependente associada n é que historicamente sempre buscou o super lucro e sempre eh Compensou e essa busca de super lucro ah em condições assimétricas com a super exploração do trabalho não é que é uma teoria ah criada aqui e na no Brasil na América

Latina através do do pensamento do Rio Mauro Marini e do Teotônio dos Santos não é a ideia de que historicamente o nosso capitalismo foi um capitalismo apoiado na super exploração do trabalho ah a super exploração do trabalho que eh se caracterizava por quatro mecanismos não é que são não é

Eh o aumento da jornada de trabalho sem o aumento eh correspondente salário o aumento da intensidade é a mesma coisa sim aumento correspondente salário a redução salarial ou o aumento do valor da força de trabalho sem o aumento eh salarial correspondente não é isso eh explicaria enfim os altos níveis de

Desigualdade que permeavam o nosso capitalismo e permeia o nosso capitalismo Ah que apesar de ser um capitalismo mais fraco é um capitalismo muito mais desigual do que o capitalismo dos países centrais nãoé eh o que aparentemente contraria a teoria pura da acumulação de Capital onde quanto mais rotações do Capital

Você tem maior a concentração de mais valia então nós temos aqui um capitalismo mais fraco e muito mais desigual do que os países centrais por quê Porque Claro operava aqui a su exploração do trabalho e eh eh setores da burguesia que ao Se associarem se beneficiavam pelo fato de se tornarem

Monopólios internos monopólios internos que buscavam super lucro então eh essas características se agravam quando se desmontam projeto de modernização e o projeto sustentação dessa burguesia passa a ser um projeto eminentemente financeiro não é eh e ah junto com a dívida externa vai se criar um outro problema gravíssimo também que

É o problema da dívida interna porque justamente através da dívida interna que e os países latinoamericanos vão eh eh pagar os juros e eh dos Ah enfim da dívida externa porque a ah é exatamente através da apropriação dos dólares obtidos pela exportação que se pagava uma dívida externa contraída

Em dólar não é então havia que se tomar os dólares dos exportadores e com esses dólares pagar os juros da dívida da dívida externa e as amortizações e se pagava aos exportadores como o que que se pagava se dava aos exportadores moeda Nacional não se dava aos exportadores o qu títulos da

Dívida interna títulos da dívida interna que então passavam a ter juro juros maiores então que os títulos da dívida externa e que se tornavam portanto um investimento compensador Ah para esses exportadores e que se tornaram na verdade um investimento compensador para toda a burguesia eh latinoamericana né inclusive paraa

Burguesia industrial que deixa abandona seu projeto crescentemente em favor de um lucro muito mais fácil sem investimento sem risco e garantido pelo Estado né então a dívida externa é renegociada com o Consenso de Washington eh e e o plano plano Bred ah né através do plano Bred se aceita

Desvalorizações do principal da dívida se aceita reduzir taxa de juros mas Em contrapartida de quê Em contrapartida da liberalização financeira e comercial da América Latina e de uma política cambial totalmente diferente da política chinesa enquanto a política chinesa era câmbio fixo e desvalorizado nós tínhamos aqui política de câmbio fixo e super

Valorizado aonde nós subsidios a concorrência externa né era o o o período do plano real né lançado estrategicamente durante a copa do mundo durante a copa do mundo que tragicamente ou não enfim o Brasil ganhou não é o que reforçou mais a onda de patriotada lembro em 94 o o Silvio

Luiz narrador esportivo muito folclórico dizendo mostrava o real na televisão e falava isso aqui vale mais que o dólar isso aqui vale mais que o dólar eh en enfim ah esse esse projeto evidentemente Arrebenta a nossa indústria ajuda a arrebentar a indústria porque imagina e o que que é a nossa burguesia industrial

A burguesia industrial que aceita isso que aceita um estado que faça uma política de subsídio a concorrência estrangeira não é eh o resultado foi não é anos de Déficit comerciais gigantescos na região ah déficit comerciais que para um país dependente são de uma estabilidade macroeconômica brutal brutal porque o país

Dependente é um país que sofre a ação do Capital estrangeiro e o capital estrangeiro como qualquer outro capital ele busca o Del linha não é dentro da fórmula da circulação do Capital né o capitalista é aquele que aplica uma massa de dinheiro para obter uma massa maior de

Dinheiro não é ora no caso de Capital estrangeiro se o proprietário é não residente Nós temos dois movimentos um primeiro movimento que é de entrada desse capital e um outro movimento que é de saída que é maior que de entrada evidentemente porque tem que dar o lucro pro proprietário não residente

Então se nós observarmos a longo prazo os movimentos de entrada e saída de Capital estrangeiro nós temos muito mais saída do que entrada ainda que ciclicamente não seja assim há ciclos aonde as entradas são maiores que as saídas e esses ciclos geralmente trouxeram período de estabilidade então de 55 para

Cá nós temos 55 a 61 período de entrada 62 67 saída né no caso brasileiro 55 desenvolvimentismo eh né Período de uma certa paz social Bossa Nova etc 6 62 a 67 outra realidade né outra realidade da América Latina golpe de estado etc 68 a 80 entrada e as

Ditaduras mais ou menos conseguem se estabilizar de 81 a 90 saída crise social brutal hiperinflação etc 91 a 98 entrada e nós temos os governos neoliberais se firmando e conseguindo implementar o Seu Chamado populismo macroeconômico que era um populismo de direita que é exatamente esse da sobrevalorização cambial mercadorias estrangeiras mais baratas

Mas também desemprego crescendo desemprego crescendo fortemente endividamento brutal do país eh endividamento que ah ah se constituía não é quer dizer esse esse endividamento brutal do país né que se constituía eh fortemente pela dívida interna ou dívida externa e entradas de Capital nãoé quer dizer você cria um déficit

Comercial nesse período não é que desmonta os super aves anteriores com super aves que se pagava historicamente essa saída de Capital então a América Latina sempre teve superavits muito importantes não é na sua história e eles eram justamente fundamentais para América Latina poder pagar pela descapitaliza que ela sofria pois na

Década de 90 que é o período de afirmação do neoliberalismo com populismo macroeconômico você tem déficit comerciais que são cobertos com entradas de Capital entradas de Capital que vão não é para dívida interna dívida externa eh e não vão pro Setor Real da economia porque esse Setor Real da

Economia tá fortemente pressionado pela concorrência estrangeira muito menos pra indústria é o período onde se desmonta exatamente o setor de maior complexidade da nossa indri indústria onde se arrebenta a indústria de de informática né Eh o o o todo a pretensão de se criar aqui um aparato e microeletrônicos setores de bem de

Capital sofrem também forte retração Ah e por outro lado vai se ensaiando uma nova inserção externa ou pelo menos Essa é a pretensão de muitos governos latino-americanos que é a de uma inserção primária exportadora uma retomada da da das exportações via produtos primários não é minerais ou

Agrícolas não é e é essa era a Grande reivindicação das nossas elites frente aos países centrais abram seus mercados PR os nossos produtos agrícolas de deixa os nossos produtos agrícolas competir em condições de certa equivalência com os seus e os países srá não permitem não permitem por

Proteção ao seu setor agrícola que é um setor e inclusive de que congrega uma parte pequena da população os Estados Unidos 2% da população eh na Europa na União Europeia em média 5% da população mas fazem políticas de de proteção esse setor sobretudo através de subsídios nãoé os subsídios

Eh que se dá esse segmento muitas vezes são equivalentes a 40 50% da produção Japão também faz política de de proteção a esse segmento eh ah e não se consegue avançar não é a Alca em parte fica travada por isso exatamente por essa pretensão e e e pela

Incapacidade e de se resolver essa questão nos países centrais eh então e quando o o o a possibilidade com continuar a atrair capital estrangeiro pela via do endividamento se Ah chega um esgotamento na década de 90 cai cai cai o pano né Cai a máscara né e

E e e a população latino-americana se dá conta e do quanto foi do de breado n é né Eh do quanto que ah teve que suportar não é certos aspectos já negativos como alta taxa de desemprego mas que em parte eh não não tinha explosão social que

Deveria ter porque por outro lado e havia um aumento do poder de compra de certos setores pelo fato de que e se comprava mercadoria importada e mercadoria importada a preços ah baratos pela sobrevalorização da moeda Nacional então quando h a necessidade de se ajustar a moeda a ao seu valor

Ah real ah h então a conjugação desses dois movimentos né uma uma forte perda salarial com Ah o aumento do desemprego que e não é criava um novo patamar pro mercado de trabalho na região e o resultado então é o colapso desses governos neoliberais ah na América Latina então surgem novas

Forças não é a América Latina passa a estar dividida a partir do final da década de 90 em três forças basicamente nós podemos indicar aí não é um nacionalismo Popular não é de tipo mais radical eh integracionista ah que aponta não é para um capitalismo de estado eh com forte dimensão Popular

Eh ensaiando algum tipo de transição pro socialismo e é o caso aí da Venezuela Bolívia não é ah certa medida Equador ah Argentina né não chega a apontar para uma direção socialista mas eh Seme um capitalismo de estado Red distributivista com forte dimensão Popular forte confrontação com as oligarquias internas

Eh Então esse é um um um um com conjunto de forças políticas da região Ah um outro conjunto de forças são o de uma centro esquerda na região e que é uma espécie de terceira via latino-americana uma terceira via que ah busca não desmontar os fundamentos da economia política

Neoliberal sim reformá-las mas não desmontar e acrescentar políticas sociais compensatórias nãoé então é o caso do Brasil do Uruguai do Chile da bachel ah no caso brasileiro não é se rompe com um câmbio fixo e sobrevalorizado em favor do câmbio flutuante que dá muito mais gordura para pra nossa economia vai permitir a

Recuperação do saldo comercial porque o real por exemplo que se diz não é que o Real é uma moeda estável o real valor real teve uma oscilação de 500 600% não é entre 98 e 2003 porque o Real saiu não é Ou 94 não é 2003 real saiu de 0.8 por

Dólar para ser uma moeda que valia qu mais que qu nãoé R 4 valia ó né então uma oscilação brutal brutal né do valor e outras moedas latinoamericanas também entram todas nesse esse movimento eh flutuante não é se desvalorizando fortemente com a saída de Dólares que

Acontece na região ah pela saída não é porque exatamente não é 91 98 nós temos o movimento de entrada de Capital estrangeiro 99 a 2009 nós temos movimento de saída de Capital estrangeiro de fortes saídas e exatamente o que que permitiu a América Latina financiar essas fortes saídas de Capital

Estrangeiro o restabelecimento do superá comercial mas o o superá comercial da América Latina se restabeleceu aí de maneira muito especial e contou com um apoio que ele não tinha historicamente nunca teve que é o apoio da China a China entrou como forte Importadora das mercadorias latinoamericanas e e a China pelo fato

Não é de crescer muito Apesar de que a China não é reorientou a sua economia pra exportação pra exportação prosos Estados Unidos as taxas de crescimento chines eram altíssimas altíssimas não é e ah não não não era possível que a China sem se desenvolvesse sem aquecer fortemente seu

Mercado interno e o mercado interno com um patamar de consumo periférico que portanto demandava produto básicos e que portanto permitia a compra de mercadorias de baixa intensidade tecnológica que a América Latina tinha em abundância sobretudo porque havia destruído grande parte do seu setor industrial então a China vai entrar dinamizando fortemente as exportações

Latinoamericanas pela Via primária exportadora não é e e a América Latina não é vai se beneficiar de uma conjuntura aonde vai se reverter a relação tradicional de preços entre produtos primários e produtos manufaturados produtos primários vão subir de valor muito acima dos produtos manufaturados que pelo contrário vão se desvalorizar

Exatamente pelo fato de que a China ia competindo por ser o grande o grande polo industrial do mundo né Há um movimento Claro da China no sentido de grande parte da indústria para ela não é se nós pegarmos os dados por exemplo sobre o PIB industrial mundial Estados Unidos tinha na década

De 90 25% do PIB industrial no seu país Estados Unidos tá caindo fortemente essa taxa né os Estados Unidos já se aproxima aí de uns 20% e a China vem crescendo a China sai não é de 5% do PIB industrial para atingir mais ou menos hoje uns 15% chaná de uns

5% aí na na me da década 90 para atingir uns 15% hoje e as previsões são que paraa década de 2020 a China Vá a 25% os Estados Unidos vá aos 15 portanto a China vai se tornando ah o o o grande poder Industrial do mundo e dentro do

Seu PIB também né o setor industrial já chega a representar 50% do PIB chinês e portanto a China se torna fortemente demandante de produtos primários ainda que é importante mencionar a pauta pauta Importadora chinesa seja ainda majoritariamente produtos manufaturados 70% do que a China importa é produto manufaturado 30%

Que ela importa é produto primário e agrícola e portanto nós nos na exportação de produtos primários Estamos nos especializando na fração menos importante da pauta Importadora chinesa né então isso nos deu muita gordura para enfrentar um período descapitalização de 1999 a 2009 e enfrentar com aquisição divisas de muito

Maior qualidade são as divisas oriundas do saldo comercial São divisas que ficam não vão embora depois e isso permitiu também num contexto de crise neoliberal ah poder econômico paraas esquerdas e centro esquerdas conseguirem eh fazer grande parte das suas políticas sem ah realizar uma confrontação ah radical com as burguesias locais não é

Sobretudo no caso da centro esquerda né o caso do Brasil é onde você faz políticas sociais Ah sem desmontar os fundamentos principais da da economia neoliberal quer dizer nós continuamos com país financiarización alcance pouco alcance não é quando o Fernando Henrique deixou o governo os 10% mais ricos se apropriavam de 47% da

Renda Hoje os 10% mais rico se apropriam de 42% da renda os 12 os 50% mais pobres saíram de 12 para 15 dizer muito pouca coisa se fez eh Então se faz política social uma política externa intermediária entre a aliança com o setor mais radical da esquerda latino-americana e aliança com

Os Estados Unidos o Brasil busca inclusive tirar partido de um poder intermediário na região uma espécie de poder moderador não é que garante de certa maneira uma estabilidade política da região atendendo a todos os lados mas sem fazer a balança pesar demasiadamente para um deles Ah o Brasil vai

Assumindo quase que a reboque certas prerrogativas que oa esquerda mais radical vai colocando pra integração latino-americana mas buscando exatamente moderar também seu alcance então a chamada nova arquitetura financeira que foi proposta para integração latinoamericana na unu ela incorporada pelo Brasil mas com muitas modificações

O Brasil aceita o banco do Sul não é o Brasil aceita a tese de um país um voto mas o Brasil não coloca proporcionalmente os recursos que que deveria colocar em relação a outros países da região enquanto o Equador coloca 2% do seu PIB pra formação do banco do Sul o Brasil bota

0,04 pra formação do banco do Sul não é porque Ah o Brasil ah ah apesar de destruir fortemente a sua indústria com o seu projeto de financiera Ah não eliminou completamente pelo contrário inclusive faz parte da política dessa centro esquerda retomar de alguma forma um certo papel dessa burguesia industrial E isso se

Tornou mais ou menos viável com a desvalorização da moeda a desvalorização da moeda permite uma certa proteção ao mercado interno e também uma certa recuperação eh da capacidade de organização dessa burgues dessa burguesia sobretudo porque induzido desde um banco estatal que é o bndr que se torna então pro Brasil o grande banco

Brasileiro da integração e um Banco Nacional um banco com o qual o Brasil não tem que dividir a soberania com nenhum outro país latino-americano o que incomoda muito as nossas burguesias que vem ameaça a soberania nos nossos vizinhos regionais e não na verdade nos grandes países centrais né a nossa

Burguesia vai aos jornais para dizer que ameaça a soberania Nacional quando se ren se renegocia o Tratado de energia com Paraguai quando se renegocia o preço do gás com a Bolívia eh não é quando se aproxima um projeto de integração que de alguma forma passou pela liderança do Chaves

Ah e e então o o a nossa política externa é uma política de na verdade moderação eh desse conteúdo mais radical ah da Integração americana O que é uma pena porque Ah nós vamos perdendo aí a possibilidade de aproveitar uma janela de oportunidade histórica uma janela de oportunidade

Histórica que pode cobrar seu preço se a América Latina não repactuar inclusive as suas relações com a China quer dizer um tema da nova geopolítica mundial é a seguinte Para onde vai a China Para onde vai a China duas possibilidades não é claro que duas possibilidades nessas duas possibilidades parece fácil né vai

L não tem muita coisa intermediária né até se definir os caminhos Mas duas possibilidades duas duas grandes polos de trajetória a China pode percorrer uma é essa que ela de alguma forma percorreu de 94 até 2007 que é há de ser uma espécie de G2 no mundo de compartilhada com os

Estados Unidos né então a China desvalorizou sua moeda se tornou fortemente exportadora não é pros Estados Unidos criou dees comerciais brutais paraos Estados Unidos acumulou saldos comerciais fantásticos se tornou a grande potência financeira do mundo mas cobriu as necessidades de financiamento internacional do governo norte-americano impedindo que os Estados

Unidos tivesse que desvalorizar o dólar radicalmente então a China ah aumentou fortemente a sua parcela de compra dos títulos da dívida pública norte–americana né Eh a parcela estrangeira cresce eh fortemente e dentro da parcela estrangeira a China não é aumenta fortemente a sua compra desses títulos então a a China que tinha

No início da década de 2000 eh 2 A 3% Total desses títulos chega a ter 85% desses títulos ah em 2007 2008 não é eh né nesse modelo G2 Ah que perfil não é de relações internacionais e do ponto de vista do Comércio interior seria né Mais ou menos

Isso a China cada vez mais industrial Estados Unidos cada vez mais uma economia de serviços e uma economia de serviços dependente do financiamento internacional da China dos seus déficit e de outro lado essa concentração crescente de poder industrial na China eh levaria certamente a uma penetração dessas exportações na América Latina o

Que restringiria drasticamente a médio e longo prazo as possibilidades de afirmação de um projeto sub imperialista Brasileiro na Região né o o Rui Mauro Marini eh nomeia o sub imperialismo como exatamente um uma tentativa de burguesias que se vinculam privilegiadamente ao imperialismo dos países centrais uma tentativa dessas burguesias aproveitarem as assimetrias

Regionais em causa própria então um dos elementos de aproveitamento seria Justamente a utilização do mercado ah interno dos seus vizinhos para a o o poder Industrial ah do país Ah associado privilegiadamente com capital estrangeiro então A ideia é exatamente que essa Associação conduziria não é a indústria de maior complexidade tecnológica essa Associação

Tem uma dimensão tecnológica então a composição orgânica do capital é maior nos países que se associam privilegiadamente eles têm problemas de realizar as suas mercadorias do mercado interna por causa da Super exploração do trabalho uma parte delas encontra dificuldades de se realizar no mercado interno e busca então o mercado Regional

Dos países vizinhos para ah ah se efetivar e de Fato né o Brasil vem tendo um super hábit comercial com a América do Sul brutal e um superavit pautado Justamente na exportação de manufaturas né o Brasil tem com a economia sul-americana uma relação inversa que tem com a economia mundial com a

Economia mundial o Brasil é fortemente eh eh superavitário e superavitário em produtos agrícolas e primário exportadores ah ah e ah no caso latino-americano o Brasil é superavitário eh em produtos manufaturados né Eh e compra da região exatamente eh produtos agrícolas né Eh uma ofensiva deum uma expansão Industrial chinesa pra região evidentemente

Tenderia a deslocar comércio eh que hoje o Brasil tem com os seus vizinhos pra China não é então as perspectivas de médio e longo prazo V al brasileiro seriam muito limitadas caso se afirme um G2 caso se afirme um G2 também a China seja um polo cada vez mais de concentração industrial

Ah e a América Latina também não desenvolva processos de integração mais profundos que permitam romper com a dependência permitam reduzir suas assimetrias internas permitam recuperar suas pretensões industriais E caso a América Latina continue enfim a trilhar o caminho da dependência eh e se vincule nessa medida com a China

Nós poderíamos nos ver diante de uma conjuntura daqui a 10 15 20 anos negativa se por exemplo a a economia mundial entrar num ciclo recessivo se a economia mundial entrar num ciclo recessivo vai diminuir fortemente a demanda da China de matérias primas e produtos primários segundo Independente de um período

Recessivo a tendência de longo prazo é que diminua relativamente essa demanda por quê Porque a paa de consumo chinesa vai se tornar cada vez mais sofisticada e portanto cada vez mais intensiva em consumo de serviço e produtos manufaturados terceiro o aparato tecnológico chinês vai sofisticando e vai cada vez mais reduzindo a sua

Necessidade de matérias primas e insumos para gerar para gerar produtos então a China pode vir se tornar um dos aspectos da teoria do sistema Mundo Interessante É exatamente esse né que você você pode pensar repetições históricas né A Teoria sistema mundo trabalha com um tempo estrutural que é um tempo secular do

Sistema e com ciclos então você pode postular que velhas questões se repetem Outro ponto se um cenário desse tipo se realizar Quem seria a China pra América Latina seria uma nova Inglaterra a China faria para América Latina o papel que a Inglaterra fez no final do século XIX e primeiras décadas

Do Século XX não é isto é meteu a América Latina numa brutal crise de balança de pagamento em função de uma brutal deterioração dos produtos primários A diferença é que a China é muito maior que a Inglaterra muito maior que a Inglaterra e portanto os efeitos seriam

Muito mais drásticos né Então essa é uma possibilidade de que um G2 se afirme e e se tenha um cenário ruim aonde também essa possibilidade de conciliar políticas de distribuição de renda com a o atendimento das necessidad das oligarquias latinoamericanas se reduz fortemente se reduz fortemente não é

Porque não há um cenário internacional favorecendo super lucro nem acumulação de visas para redistribuição interna Então esse espo se reduziria fortemente isso né as pessoas às vezes tendem Ah não nós estamos agora tendem a ver o mundo de maneira progressiva e linear não é assim ora se o estado de bem-estar

Social que foi muito mais poderoso nos países centrais foi destruído pelo neoliberalismo o nosso estado nosso projetinho de estado de bem-estar social aí de uma década não vai ser ameaçada por uma uma retomada da ofensiva da direita não é se as conquistas democráticas não é que se desenvolveram na na Europa

Foram ameaçadas pelo fascismo a nossa volta à estabilidade democrática não pode ser ameaçada eh por uma um projeto excludente da direita né os sinais estão aí não é pintando na na região Paraguai Honduras não é a tentativa de estabilização na Venezuela não é e agora vamos jogar fortemente com uma eleição muito

Apertada a Vitória muito apertada que o maduro conseguiu na Venezuela certamente a oligarquia vai jogar fortemente na saída do maduro na metade do mandato porque constitucionalmente eh tem um refoc atório eles vão buscar assinar ter as assinaturas para tirar o maduro e fazer tudo para enfim derrubar o governo

Eh eh mas claro há um outro cenário que não é esse há um cenário que pode interessar a meu ver a a China é o Brasil e América Latina que é um cenário onde a China sai da esfera do G2 e busca uma outra esfera de atuação que eh tem

Nos Bricks um instrumento importante nesse sentido eu não vejo Bricks integração latino-americana como polos que se opõe pelo contrário vejo como polos que podem se complementar polos que apontam no sentido da multipolaridade não é eh e a essa complementação pode se dar de que forma bom primeiro pra China não

É bom se articular os Estados Unidos não é bom se articular os Estados Unidos por quê Porque se articular com os Estados Unidos cada vez mais endividado cada vez mais suscetíveis às a déficit comerciais e se articular e com a necessidade de sustentar o dólar como moeda internacional significa colocar em risco

O crescimento econômico chinês ah colocar em risco ao colocar em risco o crescimento econômico chinês evidentemente colocar em risco a estabilidade política do partido comunista chinês O que é a última coisa que o partido comunista chinês quer não é vejam que nesse movimento Aonde a China se aproximou do G2 internamente

Isso teve uma cara que foi o quê o aumento brutal do coeficiente Gine na China o co de Gini aumenta drasticamente na China eh exatamente na da década de 90 2007 ele aumenta de 0.36 37 para chegar o que os Estados Unidos tem 0.48 ora isso só é possível que a

População chinesa aceite uma situação dessa com taxa de crescimento altíssima que tem que ser mantidas agora desde a crise 2008 que a China começa ter sua política em relação aos Estados Unidos e os sinais são claros não é uma a China começa a diminuir a compra de títulos da

Dívida pública Estados Unidos e diminui sua exposição nesse sentido então a China que tinha 8,5 dos títulos da dívida começa a cair já para 757 Outro fator a China começa a valorizar sua moeda a China começa a valorizar sua moeda para deixar de ser essa plataforma de exportação Industrial

Pros Estados Unidos então muito Claro quer dizer a China começa a valorizar sua moeda desde 2006 na verdade e hoje a moeda chinesa tá muito próxima muito próxima ao valor em relação ao dólar que ela tinha em 94 antes de se implementar a desvalorização radical então há claramente um movimento da China no

Sentido de diminuir a sua atuação como país exportador e aumentar o direcionamento chinês de crescimento pro rint pro mercado interno então por exemplo se as exportações chinesas saltaram de 19% do PIB para quase 40 em 2007 2008 de 2007 2008 para cá elas caíram de quase 40 para 30 então

Há um movimento muito forte no sentido de desenvolver o mercado interno chinês e de que o mercado interno seja o eixo mais dinâmico desse crescimento ah nos os Bricks também justamente se formalizam e ganha organicidade a partir da crise de 2008 2009 E aí a questão de uma alternativa monetária ao dólar a

Questão de um comércio em moeda de um comércio bilateral em moedas ah ah que não fossem o dólar a questão de um banco do Bricks a questão de um fundo ah ah monetário dos Bricks que seja capaz de estabilizar balanço de pagamentos etc tudo isso começa a ganhar um grau de de celeridade

Altíssimo com propostas redistributivas nesse nesse fundo monetário internacional a regra é a seguinte o país tem direito a tirar em proporção inversa aos seus aportes então a China que menos pode tirar e a China botou 41% nãoé eh e a meu ver pode haver um de cooperação estratégica entre América Latina e

China muito grande no sentido de criar um sistema de inovação compartilhado entre esses países mas para que esse sistema de inovação compartilhado se Estabeleça é necessário que a América Latina demonstre ser uma região com capacidade de inovação senão evidentemente ela não vai oferecer essa externalidade China

Mas é do interesse da China por exemplo não ser esse centro industrial do mundo por que isso lhe traz vários problemas traz problemas de poluição Seríssimo né Eh depois há outro encaminhamento a China pode caminhar para uma economia de serviços altamente intensiva em ciência e tecnologia não é essa eh eh economia

Industrial cada vez mais poderosa eh coloca pra China uma necessidade também de importação de matérias primas e e eh enfim eh insumos ah que se crescerem demais também arriscam a segurança estratégica da China é um país com 20% da humanidade que começa a depender pro seu funcionamento de recursos que vem do

Exterior isso do ponto de vista estratégico não é bom não é bom não é a China é um país por exemplo que sempre foi zelosa da sua Seguridade alimentar né Sempre ah a China provim aí quase que 100% dos seus insumos alimentares isso tem caído não é então não não é

Interessante paraa China esse movimento eh pode haver um movimento sim no sentido de que a América Latina venha exatamente a ser a cumprir uma parte Industrial que hoje tá n chend num relacionamento com a China quer dizer a América Latina retomar o seu projeto Industrial truncado o projeto Industrial

Que nunca se completou aqui internamente pela em função da dependência não é o o Fernando Fan zilber mostrava na década de 80 através do um livro a industrialização truncada da América Latina que o setor de bens de Capital nunca se internalizou na América Latina totalmente enquanto na Europa esse setor

Chegava a 40% 40% a 50% do PIB industrial na América Latina chegava no máximo a 20% não é e esse projeto foi desmontado não é ah ah pela financiera então há um espaço pra América Latina também não é se desenvolver o seu processo de integração Regional e e se desenvolver a sua dimensão

Hinterland potencializando o mercado interno como o seu grande fator de expansão e é exatamente através desse mercado interno que nós podemos cumprir as exigências da revolução científica e técnica de quê De valorizar a força de trabalho é preciso romper com a nossa su exploração é preciso romper com essa

Distribuição de renda tão regressiva não é se nós atuarmos nesse sentido eh nós poderemos vir a ter uma cooperação estratégica com a China ser um parceiro forte do brix pro Brasil não é não é interessante ir pro brix sem ter um apoio vigoroso da América Latina o

Brasil é muito mais fraco no sentido de ah impulsionar uma rede uma uma direção mais multipolar e redistributiva pros Bricks e seus órgãos de financiamento então ah ah interessa não é teóricamente pro estado brasileiro isso mas claro esse estado brasileiro não é o estado das nossas oligarquias eh eh teria que ser

Um estado Popular não é nesse sentido que modelo de desenvolvimento se pode buscar nesse mundo multipolar ah paraa América Latina que modelo de desenvolvimento pós neoliberal se pode buscar é um modelo de desenvolvimento com forte participação do estado não tem dúvida não é se nós vios por exemplo os investimentos em infraestrutura na

América Latina os investimentos em infraestrutura da América Latina foram todos pautados na empresa estatais na década de 80 por exemplo quando se tinha a primeira metade da década de 80 o década de 70 quando se tinha um uma taxa eh do PIB importante investida em infraestrutura 70 80% dos

Investimentos eram feitos pelo Estado e empresas estatais quando o estado saiu fora os investimentos caíram drasticamente os investimentos caíram de três 4% do Pi para 1,5 por. então ah é muito difícil se ter investimento em infraestrutura com o setor privado e é muito difícil se ter eh eh investimento

Em pesquisa e desenvolvimento com corporações multinacionais por razões globais os dados mostram que as corporações multinacionais não internacionalizam de maneira minimamente suficiente a pesquisa e desenvolvimento por quê Porque é o filé Menon exatamente Aonde a logística da simetria estratégica tá concentrada então apenas 15% da pesquisa e desenvolvimento ah das corporações

Multinacionais Ah é feita fora das suas matrizes o resto é feita totalmente dentro das suas matrizes e mais prioriza-se o quê países com sinergia tecnológica não os países periféricos Portanto o modelo pós neoliberal que nós temos que implementar certamente é o modelo com forte participação do Estado

Forte di menão Popular o modelo que a meu ver deve recolocar e na no horizonte latinoamericana o tema do socialismo mas claro um socialismo que tem que ser um socialismo diferente do que foi o socialismo do século XX não é eh um um um socialismo que eh coloque na

Democracia substantiva o sua principal forma de referência né porque e muito mais do que se é estado ou se é privado né O que garante efetivamente né uma gestão socialista é a socialização dos espaços de gestão E aí a democracia joga um papel chave joga um papel chave

Não é Marx imaginava por exemplo que o socialismo era uma forma de transição e não modo de produção uma forma de transição onde conviveriam elementos de Comunismo com elementos de Capitalismo sob hegemonia dos elementos de de Comunismo então eh eh não é suficiente ter propriedade estatal se essa propriedade for dirigida por uma

Burocracia que não socializa que restringe que corrompe não é eh o que nós temos que ter evidentemente é um socialismo que seja capaz de se Reinventar criar uma sociedade inclusiva onde o Estado tem uma forte presença mas ah que seja capaz também de H articular um setor privado submetido não é a essa

Direção estatal e submetido a forte controle popular e forte Participação Popular não é tudo isso evidentemente nos coloca fora do campo da teoria neoliberal da teoria neoliberal e Liberal né o liberalismo sempre viu a democracia como um um um um né um um um um procedimento institucional eh de cavaleiros né um procedimento

Institucional muito bem comportado né de indivíduos onde cada um vai lá deposita na urna o seu voto secreto jamais viu Eh na na democracia um processo de mobilização processo de mobilização Popular permanente né é esse sujeito histórico que nós temos que desenvolver a organização Popular os eventos sociais

A população daí o o um dos grandes inimigos do liberalismo ser o chamado populismo populismo porque se você vai a radic a raiz da palavra populismo o que que ela quer dizer popul vem de povo né ismo é um um um um um sufixo de ação de

Movimento de ênfase né então o populismo é o povo em Ação isso é radicalmente antiliberal porque né eles querem processos Democráticos e que consagrem indivíduos cavalheiros cavalheiros e não classes sociais classes sociais majoritárias bom é isso gente acho que já falei bastante Fico por aqui qu Senta aqui n Senta

Aqui não Sinceramente eu acho que é muito difícil a gente num espaço de tempo tão Curto fazer um debate a partir de uma de uma de uma fala tão eh eh tão complexa e tão consistente ao mesmo tempo né com articulações de vários temas e eh Enfim uma análise eh bastante compreensiva

Eh enfim da natureza né da das questões contemporâneas ao mesmo tempo associando isso a uma interpretação eh sobre a nossa formação histórica enquanto país capitalista periférico né Eh eh Enfim acho que é muito difícil a gente fazer um debate em cima de uma exposição tão tão eh enfim defensiva

Complexa e tal eh no curto espaço de tempo né a gente pode correr o risco de fazer um debate meio banalizado né então mas de qualquer maneira eu eu gostaria de fazer enfim um pequeno comentário tentando puxar essa discussão que nos foi apresentada para temas que estão na

Nossa ordem de do dia em termos de interrogações né interrogações exatamente sobre essa hipótese de uma transição que a gente estaria vivendo nas nas cidades uma transição da ordem Urbana né na na na Ótica mesmo da economia política né Eh eu acho que a o final da fala do

Carlos Eduardo né quer dizer nos coloca um mapa móvel eh no plano Mundial né da geopolítica né que é um mapa móvel Exatamente porque há várias inflexões de tempo né de flechas de tempo para usar a linguagem eh dessa abordagem né quer dizer possíveis eh de apontando para cenários diferentes né

E esse mapa móvel ele é na verdade a expressão de uma luta de classe no plano internacional no global né Eh M China brix retomada do Poder Imperial americano né Nós estamos falando aí de Na verdade uma luta de classes que tem cenários mais ou menos estabilizados formalizados como a Organização Mundial

Do Comércio mas também cenários que não são muito visíveis mas que expressam na verdade em vários eventos essas lutas de classe uma luta de classe também colocado no plano da América Latina né na medida que acho que de maneira muito apropriada o Carlos nos lembrou na teoria do sub imperialismo do do Marine

Né que é um dos elementos que hoje Marco bate latino-americano quer dizer para onde for o Brasil a América Latina vai tender a ir né e o Brasil eh enfim com essa política ambígua externa né que joga um papel eh que não é muito claro

Né de adesão a uma ideia de um bloco Regional e ao mesmo tempo de uma busca de uma posição privilegiada nesses nessas Flechas do tempo a nível internacional tá eh acho que a menção aqui a coisa do do BNDS é realmente ente ilustrativo disso né quer dizer em vez

De fazer aderir à ideia de um banco regional não o BNDS será o banco regional claro que isso expressa Sem dúvida nenhuma uma pretensão sub imperialista na composição de um bloco onde o Brasil seja soberano né Então Di o final da da exposição do do Carlos Eduardo não coloca o cenário onde há

Várias possibilidades essas possibilidades são marcadas por lutas de classe que busc influenciar numa direção ou outra direção né Eu acho que essa questão me parece importante porque à luz da exatamente da da teoria da dependência né Nós temos que pensar como no cenário interno essa luta de classe

Se coloca né eh Há uma relação dialética né entre o que se passa internamente aqui e o que se passa internamente eh a nível internacional essa essa ideia eh tá na raiz da própria teoria da dependência quando há essa virada da teoria da dependência eh da visão puramente do imperialismo ou da Visão

Centro periferia cepalina né nesse sentido o Fernando Henrique Cardoso trouxe uma contribuição e feto trouxe uma contribuição importante weberiana como o Carlos Eduardo eh classifica no livro dele mas trouxe à luz uma dimensão importante para ser pensada Nós não somos nem nunca a expressão absoluta da

Da luta de classe na Nível Global né do dos imperialismos e das superpotências mas também a nossa cena interna é muito marcada por essa luta né então eu acho que esse é um ponto importante pra gente né que se há um cenário desse de flechas de tempo eh possível H também um cenário

Interno a ser pensado de flechas de tempo possíveis né Eh e por outro lado quer dizer a exposição do Carlos Eduardo nos mostra quer dizer dentro dessa também a ideia da dos ciclos né quer dizer o que tem de permanente O que que tem de mudança no nosso capitalismo associado como

Expressão interna dessa desse desses combates que tem esses dois essas duas escalas né quer dizer nós continuamos como capitalismo associado né Nós dependemos muito do que eh se passa nesse cen Internacional e das nossas estratégias de inserção nesse cenário internacional é um capitalismo portanto que tem digamos uma margem de

Manobra para decidir a flecha de tempo né Muito menor do que se fosse um capitalismo cêntrico né E então nós temos num cenário também interno de um mapa móvel de possibilidades né embora eu acho que o Carlos Edu tem totalmente razão no sentido de sublinhar digamos o caráter Liberal que

Que e comanda né esse capitalismo e sobretudo de marcar o que tem de novo nesse capitalismo nesse sentido é uma regressão em relação aos anos 60 aos anos 50 né quer dizer que essa burguesia abre mão de um projeto de Nacional de industrialização e se orienta para uma

Pro interesse de se colocar nesses novos mecanismos de financiera né e eu acrescentaria de reprimarização e a uma associação essas duas dessas duas coisas né quer dizer então o nosso capitalismo é associado mas continua o mesmo mas ao mesmo tempo a nossa burguesia eh tem muito menos compromisso hoje do

Que antes né com a ideia de uma de um desenvolvimento industrial autônomo né tá muito mais eh orientado para aproveitar as oportunidades da financiarización a a qual nós fomos submetidos né Por eh fatores externos por adesão interna a esses fatores externos né E nesse sentido o nosso Fernando Henrique

Cardoso o seu governo teve um papel importante de adesão né Poderia ter tido a outra outras alternativas mas foi uma adesão né então eh Há uma mudança na digamos há uma permanência e uma mudança né quer dizer então é um mapa móvel mas um mapa móvel onde a gente conta menos

Com um um ímpeto nacionalista industrialista dessa burguesia né como nós já contamos no passado né mas de qualquer maneira eu acho que há um há uma um mapa móvel a nível Nacional né que joga por um lado pela ideia de aprofundar a vertente Liberal né e o

Outro que tenta fazer uma espécie de um kenesi anismo eleitoral né onde emprego renda e voto são fundamentais para esse queniano nanismo de curta visão né que mostra essa esse caráter híbrido que nós estamos vivendo né uma política social que pretende inclusive se ampliar agora inclusive né Vamos ter uma

Cultura o povo vai poder ir à cultura com esse essa nova vertente da política social né por outro lado eh uma série de eh orientações da política macroeconômica né que se submete a dinâmica Liberal né Eh e com essa política externa também ambígua né e eu tô dizendo isso porque

Eh na nossa questão atual né Nós estamos muito pensando e como a cidade e a maneira como a cidade tá sendo gerida pode ter um impacto nas flechas de tempo interno que estão se constituindo como possibilidades de políticas eh mais liberais ou mais nacionais ou mais autônoma ou mais subordinada mais associada né

Eh porque enquanto esse mapa móvel se coloca no plano nacional nas cidades acho que os mapas são cada vez mais neoliberais né Eh sob o argumento das crises urbanas sobre argumento eh da necessidade da gestão eh mais eficiente das cidades né forças às vezes diferentes do ponto de vista da

Orientação política eleitoral tão se orientando pelo mesmo padrão de políticas eh urbanas né aí o Rio de Janeiro n sentido é uma espécie de Vanguarda né dessa dessas políticas liberais então cujo sentido básico é promover um desenvolvimento mercantilizado da cidade o máximo possível né Eh aí caberia até uma discussão que me

Parece muito interessante do ponto de vista até teórico né O que que significa mercantilizar a cidade numa cidade que sempre foi Mercantil mas tem sentido porque é outro tipo de mercantilização que se trata agora né a mercantilização dos grandes investimentos a mercantilização dos grandes protagonistas das da dos atores

Inclusive globais né não é a mercantilização da favela né que sempre foi organizada também por uma lógica de mercado mas um mercado embebido nas instituições locais mas agora se trata de colocar o preço e o mercado como centro da ordem Urbana né o Exige uma série de eh transformações do do das

Formas de regulação da cidade né até porque esses grandes investimentos tende a se materializar no território durante longo tempo né Isso significa sempre o risco de se desvalorizar pela desvalorização do território Então tem que controlar o território das formas de uso para que não haja nenhum risco a uma

Desvalorização eventual porque a ordem Urbana a ordem de organização do território do uso território ameça né vai que faz uma favela ao lado ali do do do Hotel Glória onde o Batista comprou ali todo um complexo para fazer um grande investimento ali De repente aquilo desvaloriza o território então é uma

Mercantilização de outra natureza que tá em jogo Então por que que eu tô colocando isso porque eu acho que de repente a nossa cidade estão sendo uma espécie de laboratório neoliberais que pode ter muito impo na afirmação de uma das Flechas do tempo a nível Nacional né Por exemplo a parceria pública e

Privada que é uma invenção neoliberal não foi nem foi a gente que inventou mas foi experimentado ao nível local a nível da política Urbana Hoje se torna uma política nacional né para resolver esse pacto que tá colocado aí entre os do estado que quer impulsionar a infraestrutura e os

Interesses enfim o empresariado né Eh com uma definição que não é muito clara quem é que vai ser o o quem vai lucrar de fato com essa com essa coisa então assim eu acho que tem um tema interessante pra gente que eu retiro da fala do Carlos Eduardo que tem

Sentido para nós trabalhar com essa ideia de de que eh as cidades hoje estão jogando um papel importante ou podem jogar um papel importante nesse processo de submissão cada vez maior a uma política de remera de mercantilização da cidade no sentido de criar experimento neol liberais que se afirmam como

Possibilidades e e acabam eh influenciando esse jogo ao nível Nacional né Eh então eu diria o seguinte tem sentido essa ideia que com a qual a gente tá trabalhando né por outro lado tem sentido também né Eh o quanto as cidades podem estar jogando Talvez um papel semelhante a que jogou

Jogaram as cidades jogaram né no período anterior na construção de um pacto conservador né que foi exatamente o que aconteceu nesse industrialismo dos anos 50 60 70 né quer dizer através da colocação da cidade nessa prática da acumulação própria da dependência e própria do Brasil dependente que é uma

Acumulação do sustentada por práticas monopolistas né a cidade foi colocada como uma espécie de arena específica de práticas monopolistas protegidas pelo Estado até quando o estado não intervém né como por exemplo não regulando a a cidade e deixando a cidade a merc da especulação Imobiliária foi uma política de proteção

Nesse sentido né quer dizer não regular deixar com que a cidade seja fosse apropriada pela dinâmica da especulação imobiliária sem falar das obras públicas né Eh dizia que a Ponte Rio Niterói era uma grande eh obra para aumentar a eficiência do sistema rodoviário nacional que ligaria

A BR101 lá do nor lá do acho que de Teresina né até até Porto Alegre né economizando eh acho que 40 km em relação à alternativa que seria fazer na verdade o contorno pela Bahia né aqu é uma prática monopolista ent o estado cria um mercado cativo das grandes empreiteiras de obras públicas

Isso como atendendo aos interesses desse setor E ao mesmo tempo eh construindo o bloco A legitimidade do bloco de poder Então pergunta que também se colocaria pra gente além dessa de quanta cidade pode est sendo uma espécie de esprimo neoliberal com impactos ao nível Nacional na influência da Flecha do

Tempo possível né Eh também quanto a cidade tá sendo transformada ou não Ou acomodando essa lógica desse capitalismo Urbano que reproduziu na cidade a mesma lógica do capitalismo associado mais nacional é o capitalismo fundado em privilégios fundado em proteções fundado em monopólios fado portanto em sobr

Lucros né então acho que tem um tema que eu acho que a fala do Carlos Eduardo da substância A que a gente assuma essas duas ideias como uma ideia possível e ser explorada em termos de uma reflexão da compreensão daquilo que nós estamos chamando mudanças ou transições da ordem

Urbana eh brasileira como uma interrogação então assim eu acho que a tua a tua estas duas palestras nos trazem muito subsídio do ponto de vista teórico e analítico né ampliando inclusive o escopo da nossa reflexão para entender o Brasil mas no contexto que é o contexto onde a gente deve

Realmente cada vez mais colocar a compreensão do Brasil né que no contexto Global sempre foi assim mas eu diria que o que tem de novo na etapa da globalização natural do capitalismo é que essa escala mundial hoje conta ainda Mais Do Que contava antes né então colocar essa perspectiva é uma grande

Contribuição uma grande contribuição também porque nos trouxe de uma maneira muito sistematizada uma literatura que dá conta de compreender essa escala que é toda essa literatura organizada em torno do sistema mundo sistema mundo moderno economia mundo e e articulado de uma com uma propriedade fantástica entendeu é realmente muito muito eh impressionante

A tua capacidade de transformar esses temas que são complexos em temas fáceis de compreender e compreender vendo ele operar né não é a apresentação do conceito de maneira abstrata entendeu E e essa discussão Nossa sobre a fase atual né as flechas de tempo aí que estão colocadas pra gente então eu acho que

Eh valeu a pena muito entendeu ter tido esses dois contatos com você Espero que a gente possa reproduzi-los em outros momentos entendeu Acho que a gente sai daqui ou pelo menos sai daqui Se olha algumas ideias nossas estavam colocadas de uma maneira um pouco espontânea menos pouco elaboradas eu acho que agora nós

Temos elementos para elaborá-las melhor como orientação do nosso trabalho entendeu eh nós temos um problema aqui né Breno eh deixar o auditório Hora 10 minutos tá eu não sei se você quer fazer algum comentário antes H comentário bom é um prazer est aqui enfim eh ter esse intercâmbio com vocês

Gente compre o livro aqui que vale a pena ler entendeu prazer estar aqui ter esse intercâmbio com vocês enfim a gente não é eh vai se conhecer na universidade uns aos outros n é nós temos lá na no departamento de Ciência Política um laboratório que é o Lec que é o

Laboratório de estudos sobre hegemonia e contra hegemonia e estamos aí tentando fazer esse trabalho de entender o os grandes problemas do mundo contemporâneo desde essa perspectiva não é eh contra hegemônica né olhar a hegemonia a partir de uma perspectiva contra hegemônica e Eh estamos fazendo aí Alguns eventos a

Gente pode pensar no futuro né em eventos compartilhados entre o laboratório das metrópoles e enfim eh eh o nosso laboratório não é eh aproveito Aé a oportunidade para convidar vocês para dois eventos que nós vamos ter lá no no ifix né Onde tá sediado o nosso laboratório amanhã e depois da manhã nós

Vamos ter um evento que tá sendo organizado com AB boi tempo né entre nós e aboi tempo que a chama-se Marx e a criação destruidora Então vamos ter duas mesas uma enfatizando a dimensão da economia política no Marx e outra da teoria política então amanhã estar lá

Virgínia Fontes que é a historiadora da uf o professor Marcelo carcanholo que é um economista da uf o professor Marco Aurélio Santana que é o diretor do ifix dirigo na mesa e eu também votar nessa nessa atividade e no dia 19 né Nós estamos dia 17 né manhã 18 essa

Atividade 2 horas tá marcada para 2 horas eh então na quinta-feira às 2 horas vamos ter a teoria política como criação destruidora Esse é é o título acho que a de amanhã é economia política como criação destruidora eh na quinta-feira Então vamos ter o professor maur professor luí Eduardo

Mota e um outro professor que eu tô esquecendo agora o nome mas eu vou e eu vou estar na mediação só da da mesa e também vamos ter no dia 24 de eh de Abril o lançamento relançamento do livro da professora van bambirra eh o capitalismo dependente latino-americano

Eh dentro de uma coleção que tá sendo organizada pela editor Insular chamada Pátria grande e a previsão de lançamento de 80 clássicos do pensamento latino-americano o próximo já tá saiu o primeiro foi o do Rio Mauro Marini o subdesenvolvimento e Revolução que é um livro também clássico dele o primeiro o

Livro do Rui MA foi publicado aí P início dos anos 70 eh e o segundo esse capitalismo independente latino-americano da Vânia e o terceiro Ah e a ideologia mais valia alguma coisa assim do Ludovico Silva que é um Pensador marxista venezuelano bastante importante que morreu precocemente na na década de

80 enfim são algumas atividades que eu que eu queria compartilhar enfim fico muito satisfeito aqui com essa troca e e enfim também tô à disposição por e-mail etc não é é o Cadu com cm de marcado.em @ wol.com.br então a gente aqui tá começando Talvez um conjunto de de

Parcerias né entre o Lec e o e o Observatório das metrópoles termina bom queria agradecer então novamente ao Carlos Eduardo agradecer a todos eh agradecer aqui a equipe da web tv UFRJ o Ricardo José Carlos e o Vinícius que fizeram de tudo para tornar possível essa essa transmissão aqui em condições que não

São muito favoráveis né mas eles conseguiram dar um jeito espero que tenha eh sido proveitoso acho que bom se nós conseguimos mobilizar a rede certamente Foi proveitoso pra rede essa essa ação essa conferência aqui do do Carlos Eduardo tá então eh vamos dar encerrada aqui essa atividade bom até a próxima n

Observatório das Metrópoles analisa política na América Latina

O Observatório das Metrópoles promove o segundo encontro do ciclo de debates “Metrópole, Estado e Capital” no dia 16 de abril, com o objetivo de interpretar as transformações vividas pelas metrópoles brasileiras no século XXI. Sob o tema “O Brasil e a América Latina na nova geopolítica mundial”, o professor Carlos Eduardo Martins analisa os efeitos do projeto neoliberal na América Latina – aprofundamento da condição periférica, aumento da pobreza, entre outros – e as novas forças sociais e políticas que surgiram capazes de promover a integração regional latino-americana. O debate será transmitido ao vivo pela webTV UFRJ.

O ciclo de debates “Metrópole, Estado e Capital: o urbano na atual etapa da ordem capitalista no Brasil. Mudanças? Fundamentos teóricos” é mais uma das ações que o Observatório das Metrópoles vem realizando em 2013 a fim de produzir um estudo comparativo sobre as 15 principais regiões metropolitanas do país, relacionando as mudanças econômicas, sociais e políticas às dinâmicas urbanas nacionais, regionais e locais. Vinculado ao Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), o projeto tem como objetivo oferecer uma análise mais completa sobre a evolução urbana brasileira, servindo assim de subsídio para a elaboração de políticas públicas nas grandes cidades e para o debate sobre o papel metropolitano no desenvolvimento nacional.

O primeiro debate do ciclo “Metrópole, Estado e Capital” contou com a participação do professor Carlos Eduardo Martins, doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP) e professor adjunto e chefe do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e um dos coordenadores da “Latinoamericana: Enciclopédia contemporânea da América Latina e do Caribe” (Prêmio Jabuti de Livro do Ano de Não Ficção em 2007); e co-organizador de “A América Latina e os desafios da globalização” (2009). Em 2011, publicou “Globalização, dependência e neoliberalismo na América Latina” no qual cumpre a difícil tarefa de atualizar as teorias sobre esses três conceitos-chave para o pensamento contemporâneo e a compreensão das sociedades, sobretudo as periféricas.

E é com o propósito de compartilhar as ideias do livro “Globalização, dependência e neoliberalismo” que Carlos Eduardo Martins participa mais uma vez do ciclo de debates do Observatório das Metrópoles. No segundo encontro com data marcada para o dia 16 de abril de 2013, no auditório da FAU/UFRJ, Martins vai tratar dos novos padrões de desenvolvimento da América Latina em um contexto de dependência no sistema mundial. Quais as oportunidades para os países de região no rearranjo das forças políticas-econômicas internacionais no atual contexto do neoliberalismo? E qual o papel das metrópoles latino-americanas diante dessa questão?

O debate foi transmitido ao vivo pela webTV/UFRJ. A parceria proposta pelo INCT Observatório das Metrópoles com a Coordenadoria de Comunicação da UFRJ é mais uma ação com foco na produção de conhecimento em rede, superando fronteiras inter e intra universitárias, disciplinares, das políticas setoriais e regionais a fim de promover o debate de ideias para a construção de um pensamento metropolitano. “A transmissão ao vivo possibilitará a participação de todos os nossos pesquisadores, presentes em 15 metrópoles brasileiras; eles poderão acompanhar o debate teórico e ajudar na construção interpretativa deste momento histórico que vive o Brasil”, explica o professor Luiz Cesar Ribeiro.

Comments are closed.