Análise: Japão investirá US$ 500 bilhões para reduzir tarifa | CNN PRIME TIME

Análise: Japão investirá US$ 500 bilhões para reduzir tarifa | CNN PRIME TIME

É, é importante explicar esse acordo comercial que foi anunciado hoje, que a Taís Hered acabou de destacar entre Estados Unidos e Japão. É algo que, apesar dos dois países serem aliados, grandes parceiros comerciais, parecia algo distante até algumas semanas. Os importadores americanos vão pagar tarifas recíprocas de 15% sobre produtos japoneses. E aí, por isso que é importante ter a Thaís de volta aqui para contar pra gente como o Japão conseguiu esse alívio junto com Donald Trump. Fala que eu vou anotar aqui e repassar pro Alkmin e pode vai falando. Vou vou fazer em tópicos. Ele deve estar assistindo. Tomara. Bom, vamos lá, Márcio. Bom, como você disse, Japão é o quinto eh país com eh eh maior transação comercial com os Estados Unidos. É para onde o o Japão mais vende carros, né? e o país onde também o Japão mais produz carros fora do Japão. Então, a relação comercial deles era gigante. Não fazia menor sentido para os Estados Unidos eh eh ir nem pro Japão, mas para os Estados Unidos especialmente manter uma alíquota de 25 27% sobre os carros japoneses e sobre tudo que se eh importa de lá. Vamos dar uma olhada aqui eh nos nos termos deste acordo. Tô ocupando a tela toda aqui paraa gente eh eh tratar de todos os temas. A primeira coisa, como eu disse, é o quinto maior parceiro, ou seja, eh o Japão como a terceira maior economia do mundo. O Japão também é o país que detém a maior quantidade, mais de 1 trilhão de dólares em títulos públicos dos Estados Unidos. É o país que mais detém títulos públicos americanos. Então, chega com essa força. É também um país que gera 1 milhão de empregos nos Estados Unidos, é o país que mais investe aquele investimento direto estrangeiro nos Estados Unidos. Ou seja, o Japão chegou com musculatura, mas não deixou de ser intimidado pelo bullying, pela eh estratégia de negociação de Donald Trump, que é bastante agressiva. O superavit na balança comercial entre os dois países tava beando a casa dos 70 bilhões. Também não é uma enormidade, mas ainda assim favorável, bem mais favorável pro tamanho das economias, ainda assim bem mais favorável pro Japão. Isso chegou como uma desvantagem. Então vamos lá. O que ficou acertado? 15% das tarifas recíprocas estava em 25%, baixou para 15. As tarifas dos carros que estavam em 27,5% também baixaram para 15%, né? Tem aqui uma uma coisa de cotas também para eh os carros, mas ainda assim melhora muito a situação eh do Japão. 500 bilhões de dólares em investimentos através de um fundo eh investimentos que a empresas japonesas e e o Japão vão fazer eh nos Estados Unidos. Isso aqui o o Trump vendeu como uma coisa absolutamente inédita. Aqui sim, nós estamos falando de bastante dinheiro. Eh, o os Estados Unidos conseguiu abrir mais o mercado do Japão, que é extremamente fechado pro arroz americano. Então, também eh, apesar do Japão ter mantido uma cota para receber eh eh quantidade de arroz sem tarifa ou com a tarifa de 15% que foi a determinada, ainda assim ele passa a comprar mais arroz dos Estados Unidos. Logo em seguida do anúncio, a própria Casa Branca eh esclareceu que há também nesse acordo a venda de 100 aviões da Boing para o Japão. A notícia ruim aqui, Márcio, é que os Estados Unidos mantiveram a alíquota de 50% para ácido e alumínio. E aqui quem mais tá cheiando, Márcio, são as indústrias americanas, porque inviabiliza o negócio, o negócio delas. Bom, pros japoneses, parece que foi um bom um bom acordo, porque a gente viu as ações hoje na bolsa de Tóquio dispararem, inclusive das montadoras japonesas, trazendo bem esse contraste com as montadoras americanas. Mas e o nosso mercado também reagiu a esses acordos que você mostrou, não só o japonês, mas trazendo alguma esperança pra gente? Márcio, eh, antes de eu tratar aqui das ações, deixa eu só falar uma coisa importante aqui, que é o seguinte, né? Eh, o Japão ficou com o menos pior. E por tudo isso que eu disse aqui da da característica do perfil da relação desse país com os Estados Unidos, eh isso vai servir de parâmetro pro mundo inteiro, né? Dificilmente, quer dizer, o Reino Unido tem 10%, mas dificilmente outros países vão conseguir uma alíquota menor do que essa. Essa esse passou a ser o benchmark para todo mundo, né? Antes do tarifaço de Trump, a tarifa média dos Estados Unidos cobrados da das importações dos japoneses era de 1,5%. Subiu para 15. É uma enormidade, ainda assim é um aumento de custo assim absurdo, né? A tarifa média dos Estados Unidos para todas as exportações chegou a bater em 20%, era 2,5%. Então, é aí que é daí que vem a previsão para eh inflação e para menor crescimento que os economistas, os grandes bancos e tal mantém. Então o que a gente viu hoje foi uma comemoração diante de uma de uma agressividade, de uma violência, de uma brutalidade nas negociações comerciais. E aí não tem jeito, o mercado reage. E as montadoras japonesas que acabaram se livrando de uma taxa absurdamente alta de 27 eh 27,5%, acabaram subindo bastante. Eh, aqui no Brasil a gente surfou na onda desse eh eh desse clima e há uma expectativa muito grande. tem já a qualquer momento a gente vai saber da do fechamento do acordo dos Estados Unidos com a União Europeia, o segundo mais aguardado, né, entre vários, porque aí também tem uma briga e grande. A Alemanha deve ter ficado aliviada, provavelmente vai querer os mesmos 15% pros carros, porque ela é a segunda ou terceira maior exportadora de carros paraos Estados Unidos. Então, o Brasil pega essa carona e consegue viver um dia de bolsa em alta e dólar em baixo. Eu não sei se a gente tem aqui as montadoras eh eh sim, temos as montadoras japonesas, olha que maravilha, quase 13% a Toyota, 11 mais de 11,5% a Honda e a Mitsubishi que ficou com menos. Quem sabe não é hora eles podiam transformar isso em desconto, né, Márcio? Trocar de carro, senão não vai rolar. Atenção. Muito obrigado, Thaís. Erédia. Yeah.

A analista de Economia da CNN Thais Herédia explica o acordo comercial entre Japão e Estados Unidos, após concordância na aplicação de taxa recíproca de 15% sobre produtos importados. #CNNBrasil

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