Inflação recorde e tarifas dos EUA derrubam coalizão no Japão; Mariana Almeida analisa

A eleição para a Câmara Alta no Japão movimentou hoje o mercado financeiro asiático. O primeiro ministro do Japão, Xigeiro Iiba, admitiu a derrota difícil nas urnas, classificando o resultado da eleição como extremamente lamentável e garantiu que permanecerá no cargo. O premier japonês afirmou que o fracasso nas urnas aconteceu também pela imposição dos Estados Unidos de novas tarifas que chegam a 25% classificadas por ele como dolorosas. Por isso, eleitores, já indignados com a inflação, que vem em crescente alta há mais de 3 anos, teriam recorrido a partidos da oposição. A eleição teve 125 cadeiras disputadas entre os 248 assentos na Câmara Alta. O Partido Liberal Democrático, do qual Iba faz parte e governa quase continuamente desde 1955 e seu parceiro Comeíito precisavam de 50 votos, mas conquistaram apenas 47. Questionado se pretendia permanecer no cargo, o Premier respondeu à mídia local que irá cumprir sua responsabilidade com o partido e com a população, mesmo sabendo que continuará precisando do apoio da oposição, caso a caso, para aprovar a legislação. As importações japonesas já estão sujeitas a uma tarifa de 25% imposta pelos Estados Unidos e prevista para entrar em vigor em primeiro de agosto, enquanto a indústria automobilística, que apresenta 8% dos empregos, está sofrendo com uma taxação setorial de mais 25%. Nesta segunda-feira, um enviado especial para tarifas partiu para sua oitava visita a Washington, a fim de negociar com o governo norte-americano. Eu já vou direto dar o meu bom dia para a nossa analista Mariana Almeida, que está de volta depois da sua viagem à Brasília. Oi, Maria Almeida, bom dia. Tudo bom, Eric? Bom dia para você, para todo mundo que nos acompanha. Bom, maravilha. Maria Almeida, a gente começou com essa notícia sobre eleições no Japão, na Câmara Alta, e a análise, né, a percepção, eh, que foi um duro golpe na coalizão governista pela primeira vez ali em décadas, perdeu a força na Câmara Alta. E isso, pela percepção também do mercado, pode haver uma paralisia política e um aumento do déficit fiscal por então a situação política e econômica vai ficar um pouco turbulenta lá no Japão, né, Mari? Pois é, e num momento super complicado, né, Eric? Porque tudo que a gente vem observando na relação dessa pós Donald Trump, quando você precisa colocar países em processo de negociação, é que quanto mais frágil o governo, mais difícil o posicionamento é em relação a a esse movimento todo de negociação. Na Coreia do Sul, por exemplo, até o momento em que você não tinha um governo forte retomando ali a a estrutura e a organização dessa negociação, a economia patinou. Ela agora ainda não se reorganizou, mas deu uma grande força. Inclusive as bolsas reagiram muito positivamente quando o governo conseguiu, teve eleição, conseguiu sair daquela instabilidade e se posicionar. O Japão tá no caminho contrário. Exatamente. Então t essa essa chacoalhada. Importante dizer que eh não foi quem ganhou, mas tem também um crescimento da ultradireita ali no Japão, né? né, mais cadeiras nessa chamado partido primeiro que cresce como alternativa, inclusive eh com política antimigratória e é muito puxado. Xigeiro falou que essa perda aí de força da coalizão, muito puxado pela inflação, né? A gente observou, por exemplo, os preços do arroz, eh, em maio desacelerou o preço, mas subiu mais de 100% em junho, né? Eh, em maio era 101%. E e lá no Japão também a gente tem eh uma inflação que tem subido em maio, por exemplo, foi a maior da do meio século, mais de meio século, o que não se via ainda eh em relação a isso. Aliás, a inflação não, o preço do arroz, né, que acabou eh puxando a inflação, um aumento tão gigante que não se vi mais de meio século. Então, e fica meio descontrolada essa situação, né? É, acho que a inflação é uma coisa que vem sendo carregada, que não tem a ver com este somente com este momento que a gente tá enxergando agora da economia internacional, mas isso vai se somando, né? Então, eu já tenho um processo inflacionário não resolvido. E aí agora eu entro nesse movimento onde eu tenho claramente ali eh restrições do ponto de vista do mercado externo. Então o Japão com algumas já demonstrações de queda nas exportações, com baixa capacidade de construir, qual a sua estratégia alternativa e aí a solução econômica para algo que já não vinha bem e aí fica em aberto, fala qual é a solução? E aí realmente o governo se enfraquece e a população começa a abrir o seu leque de alternativas, inclusive esticando a régua, né, para indo mais para numa variação maior entre direita e esquerda. Yeah.

A coalizão governista no Japão sofreu uma derrota histórica nas eleições para a Câmara Alta. Mariana Almeida analisou os impactos da inflação e das tarifas dos EUA sobre o resultado e como isso pode travar a política econômica do país.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://timesbrasil.com.br/guerra-comercial/

🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!

Siga o Times Brasil nas redes sociais: @otimesbrasil

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasil

7 Comments

  1. Os estadunidenses pagarão pelas tarifas do Trump e o dinheiro irá para os bilionários, guerras e para o genocídio palestino. A psicologia da estu-pidez explica eleitores votarem em seus algozes.