Análise: Ações de montadoras japonesas disparam após acordo com EUA | CNN NOVO DIA

O Gabriel Monteiro, nosso na lista de economia, já tá por aqui. Tudo bom, Gabriel? Tudo ótimo, Carol. Um ótimo dia a você e todos que nos assistem. Gabriel, eu vou começar aqui esse nosso bate-papo tendo por referência essa apuração do Daniel Hitner, que o Pedro detalhou também pra gente, né? as cartas na manga que governo, setor empresarial, legislativo tem nesse momento. Qual que é a chance de revisão dessa sobretaxa aos produtos brasileiros, tendo por referência essas cartas na manga que o Pedro nos detalhou e o acordo recente de redução das tarifas impostas ao Japão e às Filipinas? Olha, torçamos para que grandes chances venham desta interlocução, mas pelo que a gente vê nos últimos meses, é pouco tem participação a atuação de congressistas na política tarifária de Donald Trump. A gente não viu em muitas ocasiões congressistas debatendo essas taxas, participando dos debates. É uma decisão unilateral sempre da Casa Branca, do secretário Scott Bessant, do secretário Howard Lutnick, do próprio Donald Trump assinando essas cartas. pouco passa a decisão de tarifa pelo Congresso Nacional, inclusive é uma das grandes contestações, uma das grandes eh um dos grandes questionamentos até se são válidas essas tarifas juridicamente perante este alto valor que são de 50%, por exemplo, para o Brasil e utilizando a narrativa de uma situação emergencial, da solução de um problema emergencial pros Estados Unidos. Então, apenas a atuação de congressistas americanos, eu acredito que tenha pouco impacto na decisão ou não de Trump. Mas claro, estes congressistas que são mais próximos da Casa Branca podem sim ter alguma interlocução na falta de um canal oficial, na falta da diplomacia. Brasil não consegue respostas oficiais, por exemplo, eh, das equipes de negociação de comércio. Aí a gente tenta esses canais alternativos que podem surtir algum efeito, porque até agora a gente não teve avanço algum nas negociações. Mandamos propostas, perguntamos aos Estados Unidos sobre os pontos sensíveis pra negociação e até agora nada. Então o prazo vai acabando e a água vai começando a subir e começa a bater no pescoço. Falou: “Ó, o prazo vai acabar dia primeiro de agosto tá logo aí, tá batendo a porta, não conseguimos nem iniciar as tratativas com os americanos”. Então este é um ponto de atenção. Essa última cartada pode ser talvez uma alternativa. Utilizar o empresariado norte-americano pode sim ser uma chave para esta negociação. Afinal, algumas grandes companhias americanas têm boa participação no Brasil. O caso de empresas, por exemplo, do setor de agronegócio, que poderiam ser muito afetadas pela quebra de patentes. Empresas, por exemplo, do setor de consumo podem ser afetadas pelo encarecimento de alguns produtos brasileiros que vão ser enviados paraos Estados Unidos, que não tem outra alternativa porque somos os maiores produtores. Então, pode ser um caminho. Mas Donald Trump também vem travando nas últimas semanas diversos embates com o empresariado, inclusive falando que Walmart e outros varegistas não deveriam culpar o tarifaço pelo encarecimento dos produtos e deveriam cortar o preço nas gôndolas. Então nós temos aí essa essa dificuldade de convencimento mesmo de Donald Trump. Ele parece bastante convicto nas suas tomadas de decisão. É, já naquele discurso precificando os impactos da economia americana. Aliás, a economia americana que já começa a sentir os impactos do tarifaço, tendo por referência aí os dados recentes de inflação no país. Gabriel, só porque você citou durante essa sua análise a questão da suspensão de patentes e hoje tem reunião do vice-presidente Geraldo Alkim com o setor farmacêutico. Quando a gente colocava algumas possibilidades de resposta do governo brasileiro ao tarifato anunciado por Donald Trump, a questão da patente de medicamentos surgia naquele naquele roll, naquela lista de ferramentas, né, naquele roll de possibilidades. Com certeza. é um ponto muito sensível para os americanos, porque há, por exemplo, empresas que têm alta concorrência com as companhias americanas e as empresas americanas são protegidas pelas patentes ou recebem os recursos pagos por essas patentes e em mercados e mundiais. Setor de agro e setor farmacêutico podem ser muito afetados. o agro com sementes e defensivos. E estes produtos aqui no Brasil t empresas altamente concorrentes. A gente tem grandes companhias que atuam no mesmo segmento de empresas americanas. Uma quebra de patente poderia prejudicá-las e muito na concorrência. Mesma coisa pro setor farmacêutico. A gente tem pouca produção eh nacional, são poucas as patentes aqui desenvolvidas internamente, a gente acaba comprando muito medicamento de for de fora, mas pode ser uma alternativa. Mas é uma escala dada atenção. A gente falava, não tem guerra comercial. Por quê? Porque o Brasil ainda não respondeu. Teoricamente o Brasil vai esgotar todos os canais diplomáticos paraa negociação, para aí sim tomar esse tipo de decisão, porque é uma decisão que aumenta a temperatura, Gabriel, pra gente encerrar. E aí é rapidamente, porque senão vão brigar comigo por causa do nosso tempo aqui. Eh, a Cordo Japão e Estados Unidos, né? Eu trazia para você o quanto que isso pode servir de referência para o Brasil, o que que entrou nessa mesa de negociação e como é que o mercado já reagiu. É, com certeza pro pro Japão, reação espetacular. O índice subiu mais de 3%. As montadoras Mazda, Toyota, Nissan, toda subindo mais de 10%. A Mazda subiu 17% durante essa madrugada, porque entrou na mesa a redução da tarifa paraa importação de carros japoneses pelos Estados Unidos. Da lista de 10 carros mais vendidos no ano passado, seis são japoneses, Carol. Então os os americanos gostam muito desse tipo de carro. As montadoras se beneficiaram redução de tarifa de 25 para 15%. Mas não anima Brasil, porque Japão cedeu em diversos pontos. CDU, por exemplo, com uma tarifa recíproca maior de 15%, maior do que a taxa básica de 10%, e também com aqueles ditos investimentos de mais de 550 bilhões de dólares nos Estados Unidos. Investimentos de empresas japonesas para empresas japonesas poderiam já estar precificados. As empresas já poderiam já tá com isso na conta para investir lá, mas Donald Trump gosta destes números de investimentos. Então, um anúncio aí para o republicano, sai ganhando mais os Estados Unidos do que o Japão, porque os pontos mais sensíveis perduraram e nem para carros eles conseguiram devolver todas as tarifas de Donald Trump. Então, ponto de atenção, trazendo pra gente também essa movimentação de mercado financeiro. daqui a pouco volta para conversar conosco sobre contas públicas no detalhe aí do orçamento com a gente.

As ações de montadoras de automóveis japonesas como a Toyota e Honda subiram depois do anúncio do acordo entre os EUA e o Japão. Segundo o analista de economia da CNN Gabriel Monteiro, utilizar o empresariado norte-americano pode ser uma alternativa para que o Brasil também consiga realizar um acordo. #CNNBrasil

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31 Comments

  1. Ja comeca a sentir is impactos, 300 bi de dolar de aumento de arrecadacao, e os maiores criticos das tarifas ja estao voltando atras nos eua, quem acompanha as noticias direto de lá e nao dessas emissoras estatais no Brasil sabe.

  2. O acordo é excelente. O Japão é a super potência mundial. O Japão não tem uma briga de políticos grande que possa atrapalhar o país. Por exemplo. Se alguns políticos japoneses fossem para os Estados Unidos para pedir um castigo. Colocar taxas de 50%. Isso prejudica muito o país.

  3. O Japão garante, deste modo, acesso privilegiado ao mercado consumidor mais rico do mundo, enquanto outros países continuam excluídos do mercado americano com tarifas de até 50%, desindustrializando-se e empobrecendo.

  4. VERGONHA JAPÃO SE SUJEITAR A LAMBER A BUNDA DO TRUMP, POVO JAPONÊS É UM POVO SEM DIGNIDADE, SE VENDE PRA OS AMERICANOS QUE DESTRUÍRAM ELES COM BOMBAS ATÔMICAS, GOVERNO JAPONÊS NÃO TEM VERGONHA, TOMARA QUE SE FODAM.

  5. EUA não produz nada de relevante que o Japão importa. Os japoneses, por outro lado, venderão carro como mundo, aumentando a diferença na balança comercial com os EUA